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Têm início hoje, em Madrid, os Sony Ericsson Championships, prova que reúne as oito melhores tenistas do circuito feminino, no culminar da temporada de 2007.
Na capital espanhola encontram-se Justine Henin, Svetlana Kuznetsova, Jelena Jankovic, Ana Ivanovic, Serena Williams, Maria Sharapova, Anna Chakvetadze e Daniela Hantuchova, todas elas em busca do tão almejado troféu e do cheque de 1000000$ reservado para a vencedora.
Henin é a detentora do título e principal candidata à renovação do mesmo, mas viu a sua tarefa complicar-se bastante ao ser incluída no grupo amarelo, o mesmo de Jelena Jankovic, Serena Williams e Anna Chakvetadze, claramente o mais forte dos dois existentes. O outro, o grupo vermelho, é constituído pela sérvia Ana Ivanovic, as russas Svetlana Kuznetsova e Maria Sharapova e ainda a eslovaca Daniela Hantuchova, última apurada e o teórico elo mais fraco.
Prevê-se muita emoção para os próximos dias, sendo que os pontos altos deverão ser, arrisco eu, os duelos entre Justine Henin e Serena Williams, Ana Ivanovic e Maria Sharapova e Jelena Jankovic e Justine Henin.
O acompanhamento do evento está a cargo da Eurosport, com transmissões diárias de todos os jogos, a partir das 17:15h.
Breaks - Apenas dois dias depois de se ter registado um fenómeno estranho -breaks sucessivos- para um encontro dos quartos-de-final de um Grand Slam masculino, eis que algo ainda mais estranho, na mesma linha, ocorreu nas meias-finais: 6 quebras de serviço seguidas! Curiosamente, ambos os fenómenos tiveram um denominador comum: Nikolay Davydenko. O russo e o suíço Roger Federer, no seu encontro das meias-finais, trocaram breaks em seis jogos consecutivos e o número só não subiu para 7 (pelo menos), porque Davydenko, afectado pelo complexo de inferioridade que tem para com Roger Federer, não foi capaz de aproveitar mais dois break-points nesse jogo, que eram simultaneamente set-points. Fossem eles pontos normais e a coisa não teria, certamente, ficado por ali.
Carlos Ramos - O juíz português continua em alta. Ainda que sem o mesmo protagonismo a que teve direito no anterior torneio do Grand Slam, Wimbledon, Carlos Ramos tem estado sempre nos grandes momentos. Arbitrou o encontro dos quartos-de-final femininos, entre Justine Henin e Serena Williams e ainda a meia-final Roger Federer vs Nikolay Davydenko, para além de muitos outros em fases mais atrasadas. Um motivo de orgulho para o ténis português.
É verdade que foram poucas as partidas verdadeiramente interessantes no torneio feminino. O desiquilíbrio entre as jogadoras é notório e origina, nas rondas inaugurais, partidas curtas e, ainda assim, algo aborrecidas. Desta forma, apenas na recta final do evento os espectadores tiveram oportunidade de assistir a bom ténis. E logo com duas partidas realmente fantásticas. Curioso, ou talvez não, Justine Henin e as irmãs Williams foram as protagonistas, elas que são quem verdadeiramente anima o circuito WTA, protagonizando duelos muito intensos e bem jogados. Abaixo, deixo alguns dos melhores pontos jogados em todo o torneio, vindos directamente da partidas das meias-finais entre Henin e Venus, a mais velha das irmãs Williams. De encher o olho...
Quase quatro anos depois de ter conquistado, na Austrália, o seu último título do Grand Slam que não Roland Garros, Justine Henin voltou a impor-se nos pisos rápidos de Flushing Meadows e conquistando o seu sétimo título em provas daquela categoria.
Num percurso altamente elogiado em todos os quadrantes da modalidade, Henin dominou todas as adversárias que lhe surgiram no caminho em apenas duas partidas, tendo as vitórias sobre as irmãs Williams, nos quartos e meias-finais, sido a prova cabal da sua superioridade.
Ontem, já na final, Svetlana Kuznetsova revelou-se impotente e, mesmo sem ter jogado mal, encaixou dois parciais bem duros -6-1 e 6-3-, fruto do desempenho excepcional da belga em todos os capítulos tecnico-tácticos do jogo.
Com esta vitória no Open dos EUA, Justine Henin amealhou mais 1 milhão e 100 mil euros para a sua conta pessoal e reforçou a liderança na hierarquia mundial feminina, detendo agora quase 1500 pontos de vantagem sobre a sua adversária da final de ontem.
p.s.: adaptado do artigo publicado no site Livre Indirecto
Final Feminina : Justine Henin vs Svetlana Kuznetsova
Justine Henin derrotou, ontem, a norte-americana Venus Williams e volta a marcar presença na final do US Open. A do ano passado perdeu-a, mas este ano é claramente favorita.
Num jogo equilibrado, Williams acabou por ceder na recta final de ambos os parciais, sucumbindo, ao cabo de 1:59h, por 7-6(7-2) e 6-4.
Na outra semi-final, Svetlana Kuznetsova operou uma excelente reviravolta, depois de perder o primeiro set (3-6). Venceu os dois seguintes, por duplo 6-1. Agora tentará repetir o êxito de 2004, neste mesmo torneio.
Anna Chakvetadze ficou muito perto de atingir a sua primeira final de um torneio do Grand Slam e colocar a cereja no topo do bolo que foi a campanha de Verão americana. Ainda assim, com apenas 20 anos, tudo indica que terá um futuro bem risonho, com muitas finais de Grand Slam pela frente.
Resultados do dia 12 - Singulares Femininos
Gastão Elias e Michelle Brito - Frustrante. Assim pode ser caracterizada a prestação dos jovens portugueses nesta edição do Open dos EUA. Apenas uma vitória -em singulares, de Gastão Elias- para quatro derrotas é um resultado bastante desanimador, sobretudo depois das brilhantes performances nas duas etapas do Grand Slam anteriores.
A verdade é que já estávamos mal habituados e as expectativas eram muito altas, até porque Michelle Brito e Gastão Elias estão quase radicados nos EUA, permanecendo muitas semanas por ano em Bradenton, Flórida, na academia Nick Bollettieri e ambos possuem um estilo de jogo muito bom para este tipo de superfícies.
Mas é preciso não esquecer que, atendendo a que Gastão está prestes a completar 17 anos e Michelle 15, é preciso tempo para amadurecer e evoluir antes de se poderem esperar grandes resultados.
Tailandeses - Muito por culpa desse ídolo nacional que é Paradorn Srichaphan, o ténis na Tailândia sofreu um acentuado crescimento de popularidade, de tal forma que, actualmente, são já vários os tenistas oriundos daquele país asiático a participar nos torneios do circuito de juniores. No Open dos EUA competiram Peerakiat Siriluethaiwarrana e Kittipong Wachiramanowong, na vertente masculina e Noppawan Lertcheewakarn, no lado feminino. Seguramente dos nomes mais insólitos que alguma vez escrevi e escreverei. Alguém se atreve a ler?
Ténis americano - Já não é de agora. O ténis norte-americano anda pelas ruas da amargura. Depois de dar a conhecer grandes nomes como Arthur Ashe, Jimmy Connors, John McEnroe, Jim Courier, Pete Sampras, Andre Agassi, Chris Evert, Billie Jean King, Tracy Austin, Jennifer Capriati e as irmãs Williams, entre outro(a)s, são agora poucos os que são verdadeiramente capazes de defender as cores do seu país com distinção.
No circuito ATP, apenas Andy Roddick consegue alguns voos mais altos, mas nem ele conseguiu evitar o descalabro deste ano, o único, a par de 2004, em que não houve um só americano nas meias-finais do evento, desde o início da Era Open, em 1968. No entanto, 2007 foi ainda pior que 2004, dado que apenas Roddick atingiu os quartos-de-final, quando no ano dos Jogos Olímpicos de Atenas, ele e Agassi o conseguiram. Como pode ver-se, é muito negro o panorama para um país que chegou a ser a super-potência do ténis mundial. E nem Donald Young, nem John Isner parecem capazes de alterar isso num futuro próximo.
Já no lado feminino, as irmãs Williams, sobretudo Venus, ainda vão salvando a honra do convento, mas não há nenhuma outra jogadora capaz de quebrar a hegemonia das tenistas de leste, que passeiam classe pelos courts.
E para agravar ainda mais a situação, nos quadros juniores, a situação é idêntica. Quando olhamos para a grelha masculina, nem um americano nos quartos-de-final; na grelha feminina, nem uma nas semi-finais. Mau demais.
André Sá e Marcelo Melo - Não me canso de referir que, quando vi estes brasileiros actuar no Estoril Open, achei que não havia futuro possível para esta dupla. Não obstante, André Sá e Marcelo Melo venceram o torneio e, quatro meses volvidos, somaram ainda uma presença nas meias-finais de Wimbledon e outra nos quartos-de-final deste Open dos EUA, sendo já a 15ª melhor dupla mundial. Uma parceria de sucesso.
Resultados do dia 9 - Singulares Masculinos; Singulares Femininos
p.s.: comentários incluídos nas fotos
Resultados do dia 5 - Singulares Masculinos; Singulares Femininos
p.s.: comentários incluídos nas fotos
Resultados do dia 3 - Singulares masculinos; Singulares femininos
p.s.: comentários inseridos nas fotos
Tem hoje início o Open dos EUA, quarta e última prova do Grand Slam desta época de 2007. Nos courts de Flushing Meadows (Nova-Iorque), ao longo da próxima quinzena, os 128 tenistas de cada um dos quadros de singulares (masculinos e femininos) procurarão lutar pelo tão almejado troféu e pelo ainda mais apetecível prémio monetário, este ano mais exorbitante que nunca. Só para se ter uma ideia, caso Roger Federer ou Maria Sharapova, vencedores do US Open Series -conjunto de provas do "Verão americano"-, vençam o torneio nova-iorquino, levarão para casa qualquer coisa como dois milhões de euros, o maior prémio alguma vez pago a um(a) tenista.
No lado dos homens, precisamente Roger Federer é o grande favorito à vitória final, não só porque conquistou o título nas últimas três edições, como também por ser o líder incontestado do ranking mundial. No entanto, terá de ter muita atenção à concorrência, com Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Roddick à cabeça e sempre prontos a abater o suíço.
No lado das senhoras, Justine Henin e Maria Sharapova (detentora do título) partem como principais candidatas, mas a belga parece ter uma tarefa mais difícil, uma vez que volta a ter Serena Williams no seu quarto de quadro e ainda Venus Williams na mesma metade. E depois, claro, há sempre que contar com as tenistas de leste, nomeadamente as sérvias Jelena Jankovic e Ana Ivanovic, que se encontram em excelente forma e prometem dar muito que falar.
Muito espectáculo em perspectiva para os próximos dias, sobretudo nos encontros nocturnos, geralmente os mais interessantes e com uma atmosfera incrível, que propicia momentos memoráveis. A não perder!
p.s.: retirado do site Livre Indirecto. Aqui.