Quinta-feira, 7 de Fevereiro de 2008
Com algum atraso, apresento, abaixo, os resultados das votações realizadas sobre os possíveis vencedores das provas masculina e feminina do Open da Austrália.
O primeiro facto a merecer destaque é, sem dúvida, o igual número de votos nas duas polls. Depois do ocorrido aquando do US Open do ano passado, procurei seguir a sugestão de uma leitora atenta (no mesmo post) e alterei a ordem das votações, pondo por cima a relativa ao torneio feminino. O resultado está à vista, atestando a excelência da observação feita. Obrigado.
Começando pelo resultado da votação referente ao torneio masculino, é de destacar a natural elevada percentagem dos votos recolhidos por Roger Federer. O suíço era, sem dúvida, o grande favorito à vitória final, mas acabou por não estar à altura de um Novak Djokovic em grande forma. O sérvio não era, de todo, a minha aposta, até porque assinou exibições pouco convincentes durante a Hopman Cup, mas, com o decorrer da prova, cedo se percebeu que poderia constituir uma séria ameaça às pretensões de, sobretudo, Federer e Nadal. Assim foi.
Por último, uma nota para Nadal: o espanhol foi travado, nas meias-finais, por um Jo-Wilfried Tsonga em estado de graça, mas é de saudar a sua constante progressão em terras australianas. Superou a sua melhor performance (quartos-de-final, em 2007) e isso, conjugado com o retrocesso de Roger Federer, permitiu-lhe aproximar-se do suíço no ranking mundial e animar uma luta que nunca existiu verdadeiramente.
Passando à votação feminina, registe-se um fenómeno semelhante ao ocorrido com a masculina: a percentagem dos votos de Justine Henin. Também a belga era clara favorita à vitória final, mas acabou por ser Maria Sharapova a arrebatar o ceptro.
A russa ficou de fora do leque de opções, enquadrando-se na opção "Outra". Terão sido por/para ela todos os 15 votos? Nunca saberemos. Ainda assim, suspeito que sim. Lamentável o esquecimento, porque foi isso mesmo: esquecimento. À semelhança do que aconteceu com Andy Murray, mas mais grave, porque o escocês perdeu logo de entrada.
É certo que Sharapova talvez não fosse a mais séria candidata ao título, até pelo dificílimo quadro que tinha, mas o seu nome nunca deveria ter sido excluído da lista. E a prova está aí.
Por fim, dizer que Ana Ivanovic terá sido, muito provavelmente (mais uma vez, não se sabe quantos votos teve Sharapova), a terceira mais votada, o que atesta a subida de valor da jovem sérvia. Acabou por perder a sua segunda final do Grand Slam, é certo, mas quer-me parecer que a teremos noutras, a muito curto prazo. Vai uma aposta?
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Domingo, 3 de Fevereiro de 2008
Aproveitando uma selecção de fotos diárias feita pelo jornal
Marca, escolhi algumas que retratam momentos vividos durante este Open da Austrália, no que concerne ao quadro masculino deste primeiro
Grand Slam da temporada.
O assustador Andy Murray faz esta linda figura quase sempre que executa um golpe de serviço.
Marat Safin parece executar um golpe de magia. Onde está o braço do russo?
Sempre muito expressivo, o cipriota Marcos Baghdatis tem lugar cativo numa selecção de fotos de qualquer evento.
Mesmo com o sol a incomodar, não houve quem quisesse perder pitada. Este ano, bateu-se novamente o recorde de afluência de público, com cerca de 600 mil pessoas a passarem pelos
courts do Melbourne Park.
Youzhny numa grande demonstração de agilidade. O russo só foi parado pelo francês Tsonga, em encontro dos quartos-de-final.
A famosa resposta de Novak Djokovic fez muita mossa ao longo do torneio. Que o diga Roger Federer...
Finalista na edição transacta, Gonzalez teve sempre muito público a apoiá-lo nas bancadas, mas não foi capaz de passar da terceira ronda este ano.
Onde é que ela anda? Roger Federer pareceu um pouco perdido neste Open da Austrália, caindo nas meias-finais 11 torneios do Grand Slam depois...(perdera com Rafael Nadal nessa fase, em Roland Garros'05)
Luís Horna brinca com a raquete. O peruano passou ao lado deste torneio.
Jo-Wilfried Tsonga foi o grande animador do evento. A empatia criada com o público ajudou a catapultá-lo para a final, mas, num dia de menor inspiração, foi domado por Novak Djokovic.
Andy Roddick depositava grandes esperanças neste primeiro
Grand Slam de 2008. No entanto, o norte-americano não foi capaz de ultrapassar Philipp Kohlschreiber, dando largas à sua frustração.
Roger Federer ao serviço, perante o olhar atento do público presente na Rod Laver Arena.
Marcos Baghdatis foi embora mais cedo do que o previsto. O cipriota caiu às mãos de Lleyton Hewitt, o favorito da casa.
Nada nem niguém escapa às imitações de Djokovic...
A garra de Rafael Nadal não foi suficente para conquistar o torneio. Naquele dia, era quase impossível alguém vencer Tsonga. Ainda assim, o maiorquino aproximou-se de Federer na luta pelo poleiro do circuito ATP.
James Blake e a sua famosa esquerda. O norte-americano igualou a sua melhor marca em torneios do
Grand Slam, mas, após 24 disputados, continua sem atingir uma única meia-final.
Novak Djokovic na celebração da vitória sobre Roger Federer, perante o efusivo público sérvio. Esse encontro escancarou-lhe a porta para a conquista do seu primeiro título do
Grand Slam.
Mikhail Youzhny e a habitual saudação após cada vitória.
Novak Djokovic foi a estrela da companhia. O sérvio ergueu o troféu com um sorriso estampado no rosto.
A família Djokovic uniu-se em prol do filho mais velho. Marko e Giorgio, mais novos, conseguirão imitar "Nole" num futuro próximo?
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Domingo, 27 de Janeiro de 2008
Novak Djokovic sagrou-se vencedor do
Open da Austrália, primeira prova do
Grand Slam da temporada, ao derrotar o francês
Jo-Wilfried Tsonga, por 4-6, 6-4, 6-3 e 7-6(2).
Numa final arbitrada pelo português
Carlos Ramos,
Djokovic até perdeu um
set, algo inédito nesta quinzena, mas acabou mesmo por superar o espectacular francês em quatro partidas, num jogo de emoções fortes e com intensa participação do público que encheu as bancadas da Rod Laver Arena.
Fruto do nervosismo de ambos os intervenientes, o primeiro parcial da final de hoje começou de forma incaracterística, com troca de
breaks logo nos dois primeiros jogos.
No entanto, os dois jogadores acabariam por estabilizar emocionalmente e apenas voltaríamos a ter algum "drama" na recta final do
set. A servir a 4-5,
Djokovic facilitou, deixando
Tsonga chegar aos 0-30 e, depois de uma boa recuperação até aos 30-30, viu o francês conseguir dois pontos verdadeiramente espectaculares e selar o triunfo nessa primeira partida, levando ao rubro a esmagadora maioria dos adeptos que presenciaram este embate.
A verdade é que, a partir de então, "
Nole" não mais foi o mesmo, como que parecendo ter finalmente acordado. Muito consistente a servir, o sérvio soltou-se e começou a alternar direitas potentíssimas com bolas "spinadas" e a usar a sua esquerda versátil para fazer correr e muito o francês, obrigando-o a um jogo defensivo em que não se sente à-vontade.
Resultado: 6-4 devolvido, sem enfrentar um único ponto de
break e aproveitando as poucas oportunidade que, ainda assim,
Tsonga lhe concedeu.
Embalado pela vitória nesse segundo
set,
Djokovic arrancou definitivamente para a vitória. Quebrou o serviço do oponente logo no terceiro jogo da terceira partida e voltaria a repetir a "gracinha" quando este tentava desesperadamente manter-se vivo na luta pela mesma. Estava feito o 6-3.
Por esta altura, o exuberante
Tsonga parecia algo desmoralizado e adivinhava-se um fim próximo. Felizmente, tal não veio acontecer e o quarto parcial ficou marcado pela supremacia de quem servia, pelo menos até aos 5-5.
É que, no 11º jogo, jogou-se o ponto que até podia ter marcado nova viragem no encontro:
Djokovic serviu a 30-40 e um vólei mal executado deixou-o "pendurado" na rede, à mercê de
Tsonga. No entanto, o francês não definiu bem a jogada e permitiu que o sérvio lhe adivinhasse os intentos, esgorando-se a oportunidade.
Minutos mais tarde, "
Nole" vencia o primeiro torneio do
Grand Slam da sua carreira, depois de um
tie-break em que saltou à vista a diferença existente entre um jogador habituado às fases decisivas dos grandes torneios e outro a disputar apenas o seu quinto evento de categoria máxima no circuito mundial masculino.
p.s.: artigo publicado nos
sites Livre Indirecto e
Bolamarela
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Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008
Inacreditável! Apenas no antepenúltimo dia de prova aqui aparece Jo-Wilfried Tsonga. O francês tem sido o "showman" deste Open da Austrália e hoje voltou a surpreender, ao bater Rafael Nadal com enorme facilidade: 6-2, 6-3 e 6-2.
Aos 22 anos, Tsonga está a relançar uma carreira na sua fase inicial afectada por lesões e, não obstante o quadro difícil que tinha à partida, está já na final deste primeiro Grand Slam da temporada, tendo eliminado pelo caminho jogadores como Andy Murray, Mikhail Youzhny, Richard Gasquet e agora Rafael Nadal. Quem será o próximo?
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Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2008
O desespero de Andy Murray no encontro que ditou a sua eliminação precoce do torneio australiano. O escocês era um forte candidato ao triunfo final, mas não foi capaz de ultrapassar Jo-Wilfried Tsonga, logo na eliminatória inaugural.
Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2008
Estão já disponíveis no site Bolamarela os quadros masculino e feminino do Open da Austrália, primeiro torneio do Grand Slam da presente temporada.
Quadro masculino
Quadro feminino
Jogos em destaque
Masculinos
Roger Federer (1) - Diego Hartfield
Rafael Nadal (2) - qualifier
Novak Djokovic (3) - Benjamin Becker
Nikolay Davydenko (4) - Michael Llodra
Jo-Wilfried Tsonga - Andy Murray (9)
Ernests Gulbis - Marat Safin
Thomas Johansson - Marcos Baghdatis (15)
Nicolas Kiefer - Juan Carlos Ferrero (22)
Femininos
Justine Henin (1) - Aiko Nakamura
Svetlana Kuznetsova (2) - Nathalie Dechy
Jelena Jankovic (3) - Tamira Paszek
Ana Ivanovic (4) - Sorana Cirstea
Nicole Vaidisova - Ioana Raluca Olaru
Lindsay Davenport - Sara Errani
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Terça-feira, 4 de Setembro de 2007
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Sábado, 1 de Setembro de 2007
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