. Vídeos do Mutua Madrileña...
. Suíça afunda-se, Perú e I...
. US Open - Dia 5 em imagen...
. Stepanek verga Blake em L...
. ATP - Estugarda, Amersfoo...
Aquando da passagem pelo Recinto Ferial Casa de Campo, para assistir aos encontros do primeiro dia do Mutua Madrileña Masters Madrid, aproveitei também para fazer pequenos vídeos em algumas das partidas do dia. De seguida, podem ver os três momentos seleccionados, de entre os muito gravados para a posteridade.
O primeiro deles é referente ao encontro entre o escocês Andy Murray e o checo Radek Stepanek. Pessoalmente, esperava um belo embate entre estes dois, mas Murray esteve imparável, vencendo com facilidade um Stepanek muito inconstante no jogo de rede -para fazer frente ao afinado passing-shot do Murray arriscou em demasia.
O segundo foi captado já no único duelo de pares a que assisti. Os intervenientes até nem eram especialistas da variante, mas achei que valia a pena ver em acção David Nalbandan, Guillermo Cañas, Carlos Moya e, claro, o regressado Gustavo Kuerten. No vídeo, um ponto rápido, concluído pelo brasileiro, que se exibiu em bom plano, tendo inclusivé merecido uma ovação por parte do público entusiasta, que encheu quase por completo as bancadas da Pista Alcalá.
Fim-de-semana de grandes emoções nos playoff do Grupo Mundial. Nas eliminatórias realizadas, o destaque vai, naturalmente, para a descida da Suíça ao Grupo I da zona Euro-africana, por troca com a República Checa e para as subidas dos surpreendentes Perú e Israel ao Grupo Mundial.
Em Praga, num duelo de gigantes, checos e suíços lutavam por uma vaga no grupo principal do ténis mundial. Fosse qual fosse o resultado, já era sabido que, na próxima temporada, teremos grandes nomes do ténis masculino a passear classe em courts "secundários". Acabaram por levar a melhor os checos, jogando como verdadeira equipa, tendo Roger Federer sido incapaz de fazer prevalecer a sua qualidade individual, nomeadamente no decisivo par.
Com efeito, as coisas decorreram como o esperado nos singulares, com Roger Federer a vencer os seus dois compromissos individuais -Radek Stepanek caiu em 4 sets e Thomas Berdych em 3- e Stanislas Wawrinka a perder os dois, o último dos quais, frente a Radek Stepanek, decisivo, o que fez do par o jogo mais importante da eliminatória e o principal polo de interesse. Os suíços, valendo-se sobretudo da capacidade de Federer, começaram bem melhor, arrebatando os dois primeiros parciais. No entanto, desperdiçaram a ocasião soberana (match-point) de que dispuseram na terceira partida e os checos Stepanek e Berdych acabaram por operar uma espectacular reviravolta, vencendo esse e os seguintes parciais de uma suada vitória, por 2-6, 5-7, 7-6(9-7), 6-4 e 6-4.
Desta forma, Roger Federer adia mais um pouco a almejada vitória na Taça Davis, uma das lacunas ainda por preencher no seu currículo. E se não era um objectivo primordial, pelo menos por enquanto, o suíço terá de ter muita atenção, porque as oportunidades poderão começar a ser poucas. Não basta querer, até porque sozinho...Federer não faz tudo.
Em Israel, os homens da casa valeram-se do escaldante ambiente no Canada Stadium para derrotar uma forte selecção do Chile. Dudi Sela foi o grande herói dos da casa, vencendo os dois singulares, o último dos quais num épico duelo com Fernando Gonzalez, nº6 mundial.
Mas vamos por partes. A eliminatória começou com um Dudi Sela vs Nicolas Massu e logo aí se viu o que Sela estava a disposto a produzir: ténis atacante, com pancadas poderosas e profundas, e uma capacidade de sofrimento enorme, defendendo tudo o que havia para defender. Massu simplesmente não foi capaz de lidar com tal inspiração e sucumbiu, em apenas quatro parcias.
No entanto, no jogo seguinte, Fernando Gonzalez revelou-se mais eficaz que o seu adversário, Noam Okun, vencendo em quatro partidas e deixando tudo empatado no final do primeiro dia.
Dada a importância que o par assumia, nomeadamente para os isrelitas, assistiu-se a um duelo de uma intensidade espantosa. De um lado, os especialista Andy Ram e Joanathan Erlych, do outro os campeões olímpicos Fernando Gonzalez e Nicolas Massu. O encontro durou quase cinco horas e apenas ficou decidido aos 10-8 do quinto set...a favor dos israelitas. Fantástico!
Ainda assim, a questão não estava resolvida, dada a força dos chilenos nos singulares. Contudo, Dudi Sela voltou a aparecer em grande e, frente a um Fernando Gonzalez em excelente forma, impôs-se em cinco apertados parciais, aproveitando-se do incondicional apoio do público e de algum cansaço acumulado pelo chileno. Estava feito o 3-1 e selado o apuramento de Israel para o Grupo Mundial, do qual farão parte pela primeira vez, desde 1994.
Mais histórico ainda foi o apuramento do Perú. Nunca antes os peruanos haviam estado na primeira linha do ténis mundial, mas graças ao seu melhor jogador, Luís Horna e a um inspirado Ivan Miranda, foram os bielorrussos a descer de divisão. Há que realçar dois aspectos muito importantes para o desfecho da eliminatória: primeiro, a incrível capacidade de superação de Ivan Miranda frente a Max Mirnyi, no primeiro singular, e de Horna frente a Voltchkov, no segundo, operando uma sensacional reviravolta; depois, o piso extremamente lento do Rinconada Country Club, em Lima, claramente desfavorável aos bielorrussos. Mas a Taça Davis funciona mesmo assim e a sorte e o saber estiveram do lado dos peruanos.
Por fim, destaque ainda para as vitórias da Sérvia de Novak Djokovic, frente à Austrália de Lleyton Hewitt e para a despedida em grande de Tim Henman, que contribuiu com duas vitórias, uma no singular e outra no par, para a subida da Grã-Bretanha à primeira divisão.
Abaixo, todos os resultados do playoff do Grupo Mundial da Taça Davis'07. Os perdedores descem à segunda divisão e os vencedores entram no convívio dos grandes.
Playoff do Grupo Mundial - Taça Davis'07
Israel vs Chile: 3-2 (Detalhes)
Sérvia vs Austrália: 4-1 (Detalhes)
Áustria vs Brasil: 4-1 (Detalhes)
Perú vs Bielorrússia: 4-1 (Detalhes)
Grã-Bretanha vs Croácia: 4-1 (Detalhes)
República Checa vs Suíça: 3-2 (Detalhes)
Japão vs Roménia: 2-3 (Detalhes)
Eslováquia vs Coreia do Sul: 2-3 (Detalhes)
Resultados do dia 5 - Singulares Masculinos; Singulares Femininos
p.s.: comentários incluídos nas fotos
O checo Radek Stepanek, noivo da tenista suíça Martina Hingis, está de volta aos sucessos que o fizeram, a dada altura da época passada, ascender ao oitavo lugar do ranking mundial. Hoje, na final do torneio de Los Angeles, venceu o favorito da casa, James Blake, em três parcias: 7-6(9-7), 5-7 e 6-2. Foi o segundo título da carreira de Stepanek, que esteve em risco de não voltar a jogar, devido ao facto de ter deslocado uma vértebra, na zona do pescoço, que lhe afectou o movimento do seu braço direito. Mas o checo soube ultrapassar essa fase difícil da sua vida e parece estar agora de novo no bom caminho. Assim se espera.
Estão a chegar ao fim os torneios ATP desta semana, disputados em Estugarda, Amesterdão e Los Angeles.
Na Alemanha, o grande favorito à partida, Rafael Nadal, foi confirmando as expectativas e derrotando adversário após adversário até chegar à final de hoje, na qual defrontará o suíço Stanislas Wawrinka. Nadal venceu 92 das últimas 93 partidas jogadas em terra batida e não será fácil a Wawrinka causar uma surpresa, mas convém relembrar os atributos deste jogador neste tipo de pisos, ele que foi campeão júnior em Roland Garros, no ano de 2003.
Na Holanda, teremos uma das finais mais surpreendentes de sempre num torneio ATP. Frente-a-frente estarão o austríaco Werner Eschauer e o belga Steve Darcis. Eschauer procura, aos 33 anos, conquistar o seu primeiro título ATP, sendo que nunca antes esteve perto sequer de o conseguir, e Darcis, que ainda há um mês perdeu com Frederico Gil num challenger italiano, tenta recomeçar uma carreira que prometeu muito mas que nunca rendeu nada, nem mesmo uma vitória numa partida de nível ATP. Pois bem, ambos têm aqui uma oportunidade única para atingir a glória nas respectivas carreira e tudo farão, certamente, para o conseguir.
Por fim, em Los Angeles, James Blake e Radek Stepanek defrontar-se-ão na grande final, após terem derrotado, respectivamente, Hyung-Taik Lee e Nicolas Kiefer (por desistência deste). Blake procura regressar aos grandes momentos neste Verão americano, depois de uma larga fase muito apagada da época e Stepanek busca o segundo título da sua carreira, ele que dará o nó com a suíça Martina Hingis em breve.
Assim, excluindo o jogo de Nadal, temos jogos de desfecho imprevisível para este Domingo, dia das finais dos torneios ATP.
Assim, sim! Depois de dois dias marcados pela chuva, hoje o sol apareceu em força na cidade de Paris. Em contraponto com as anteriores jornadas, hoje jogaram-se 82(!) encontros (7 incompletos) em 18 courts diferentes (ao contrário dos 16 habituais), tivemos Nadal e Federer em acção, houve muito e bom ténis, emoção, supresas, confirmações...enfim, uma verdadeira jornada de ténis, pela qual já muitos suspiravam.
Começando pelo quadro masculino, natural referência aos jogos que envolveram os dois melhores jogadores mundiais e grandes favoritos à conquista da vitória final no torneio. Roger Federer concluiu o seu encontro frente ao "limpa-pára-brisas" Michael Russell, vencendo e convencendo, por 6-4, 6-2 e 6-4, frente a um aguerrido jogador norte-americano que corre muitos quilómetros (milhas, para eles) em cada partida. Com grande classe, Federer transita para a segunda ronda e vai agora defrontar o talentoso francês Thierry Ascione; quanto a Rafael Nadal, o espanhol passou por apuros no seu encontro frente ao promissor argentino Juan Martin del Potro, nomeadamente na primeira partida. O tenista das "pampas" entrou claramente mais motivado, depois de se ter confirmado que Nadal afinal não é imbatível em terra batida, e esteve mesmo muito perto de conquistar um primeiro parcial onde exibiu toda a sua categoria, disparando autênticos mísseis de fundo do court que tornaram muitas das defesas de Nadal inglórias. No entanto, quando serviu para fechar a 5-3, desperdiçou um vólei fácil a 30-30 e permitiu a Nadal reentrar em jogo. O espanhol não mais lhe permitiu qualquer veleidade e, não obstante o exagerado número de erros não forçados (33) que cometeu, venceu, ao cabo de 2h19m, por 7-5, 6-3 e 6-2.
Nos restantes encontros, destaque para as vitórias categóricas do cipriota Marcos Baghdatis (acima, à esquerda) sobre o francês Sebastien Grosjean (6-3, 6-2 e 6-4) e do croata Ivan Ljubicic (à direita) sobre o jogador da casa, Arnaud Clement (6-1, 7-5 e 7-6(7-2)).
No capítulo das surpresas, os vencedores do dia foram o "robot" checo Radek Stepanek, namorado de Martina Hingis (acima, à esq.), que derrotou de forma incrivelmente fácil o chileno Fernando Gonzalez (6-2, 6-2 e 6-4), o "gigante" croata Ivo Karlovic (acima, à dir.), vencedor de um desinspirado James Blake, e o russo Igor Andreev (ao centro), que não fez mais que confirmar o mau momento que atravessa Andy Roddick, derrotando-o por 3-6, 6-4, 6-3 e 6-4. Roddick terá agora de aguardar pela temporada de relva para reentrar no trilho das vitórias.
Não menos meritórias foram as vitórias do renascido checo Bohdan Uhlirach, que esteve ausente dos courts por dois anos, devido a um erro processual do ATP num caso de doping, e do letão Ernest Gulbis, que "humilhou" o veterano Tim Henman (na foto, acima). O jogador britânico está em clara fase descendente de uma carreira onde poderia ter atingido melhores resultados (nomeadamente na relva de Wimbledon) e parece avizinhar-se um fim próximo, talvez já no "seu" Wimbledon, no mês de Junho. Por último, notas de realce para David Nalbandian e Philipp Kohlschreiber. O primeiro, arredado das pistas, por opção, desde há mais de um mês, venceu, em quatro sets o coreano Hyung Taik-Lee e, pese embora a curta temporada de preparação para este torneio, poderá ser um perigoso outsider, dada a sua regularidade e a capacidade de se superar nos grandes eventos; o segundo, venceu o encontro mais longo do dia, por, imagine-se, 17-15(!) na quinta partida. Tal só é possível, porque em Roland Garros não há tie-break na partida decisiva, tal como acontece em Wimbledon e no Open da Austrália.
Passando agora ao quadro feminino, há que dizer que o dia foi bem menos agitado que o masculino. Primeiro, jogaram-se apenas 22 encontros (contra 60 masculinos) e, depois, as principais favoritas seguiram em frente, com excepção da russa Nadia Petrova (foto à esq.), que, claramente limitada em termos físicos por uma arreliadora lesão nas costas, sucumbiu face à agressividade posta em court pela checa Kveta Peschke, perdendo por 5-7, 7-5 e 6-0. Já a sérvia Jelena Jankovic (ao centro), uma das fortes candidatas à vitória final, levou de vencida a francesa Stéphanie Foretz (6-2 e 6-2) e a russa Elena Dementieva (à dir.) impôs-se à teenager alemã Angelique Kerber, por fáceis 6-3 e 6-2.
Para amanhã, espera-se um dia bem mais calmo, agora que está recuperado grande parte do atraso devido às duas jornadas iniciais. Destaque para a entrada em cena de Maria Sharapova e Svetlana Kuznetsova e para os regressos de Justine Henin e Serena Williams ao court, isto no plano feminino. No lado dos homens, natural destaque para o encontro de Roger Federer, o último do dia, no court Phillipe Chatrier. Ordem dos jogos para amanhã, aqui.
Resultados do dia: