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Segunda-feira, 6 de Agosto de 2007

Regularidade acima de tudo

Koubek é um exemplo de irregularidade

No mínimo insólito o que se tem passado com Stefan Koubek. Depois de começar muito bem o ano, com uma final em Chennai, na Índia, o austríaco tem vindo a registar resultados medíocres ao longo do ano.

Na passada semana, em Kitzbühel, Koubek encontrava-se a vencer por 4-1 frente a Daniel Koellerer, quando começou a fraquejar, perdendo esse mesmo encontro por 6-4 e 6-0. Esta semana, voltou a jogar, desta feita em Sopot e, na ronda inaugural, defrontou Agustín Calleri. Pois bem, a dada altura o marcador registava um 6-0 e 4-0 a favor de Calleri e tudo parecia perdido para Koubek. Por essa altura, acabara de perder o 21º(!) jogo consecutivo, o que, diga-se, não é nada prestigiante para um tenista da sua qualidade. "Quando troquei de lado aos 3-0 do segundo set pensei "bom, levas 9 jogos perdidos aqui e perdeste os últimos 11 em Kitzbühel, vê lá se acordas e fazes um jogo, porque se não torna-se ridiculo" e avancei para o outro lado do court com a firme intenção de mudar qualquer coisa", disse o austríaco. O que é facto é que estaria longe de imaginar a reviravolta que estava para conseguir. Apesar dos intentos de Koubek, Calleri chegou mesmo ao 5-1 na segunda partida e foi então que viu o seu adversário recuperar miraculosamente, para vencer esse encontro por 0-6, 7-6(7-3) e 7-5.

Mais tarde, no seu encontro dos quartos-de-final, frente a Tommy Robredo, verificou-se uma situação inversa, embora não tão drástica: Koubek chegou a estar a vencer por 7-5 e 3-0, mas foi Robredo quem arrecadou a vitória final, com parciais de 5-7, 6-4 e 6-1.

E só para citar um outro exemplo, nesta mesma linha, envolvendo Stefan Koubek, recuemos até 2002, ao Open da Austrália. No seu encontro da primeira ronda, Koubek estava a ser completamente dominado por Ciryl Saulnier. No entanto, os 0-6, 1-6 e 1-4 contra acabariam por transformar-se num 0-6, 1-6, 7-6(8-6), 6-3 e 8-6 final, naquela que foi a melhor prestação global do austríaco num torneio do Grand Slam: quartos-de-final.

E que conclusões se poderão tirar daqui? Bom, não é complicado, analisando a sua maneira de jogar e os resultados que obteve ao longo da carreira, concluir que Koubek é um jogador que tem tanto de talentoso como de irregular. E, à conta disso, o melhor que conseguiu, não obstante o seu talento, foi atingir o 20º lugar do ranking mundial (em 2000), arrecadar três títulos numa carreira com já quase 14 épocas e exibir um saldo de 190-216 em encontros ganhos-perdidos.

 

publicado por Morais às 21:22
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