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Memorável! O suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, os dois melhores jogadores do mundo da actualidade, presentearam hoje os espectadores que se deslocaram ao All England Club e os milhares de fãs do ténis espalhados por esse mundo fora com uma das melhores partidas de todos os tempos. Ténis de intensidade elevadíssima do primeiro ao último minuto, emoção a rodos, espectacularidade a cada ponto...era difícil pedir mais. Levou a melhor o suíço, ao cabo de quase 4 horas, por 7-6(9-7), 4-6, 7-6(7-3), 2-6 e 6-2 e igualou o recorde de Bjorn Borg - que assistiu ao vivo-, conquistando o quinto ceptro consecutivo.
Mais desenvolvimentos, no site Livre Indirecto, neste post em concreto.
Já não bastava Roger Federer livrar-se com facilidade dos adversários com que se depara no torneio londrino de Wimbledon, agora ainda recebeu um autêntico bye para os quartos-de-final da prova, fruto da desistência do alemão Tommy Haas, vítima de uma lesão abdominal. O suíço acede, assim, da maneira mais fácil possível à ronda seguinte, sem ter que se esforçar face a um adversário tradicionalmente difícil. Ontem, o alemão disse ser "um jogador que pode complicar-lhe (a Federer) a vida em relva", mas a verdade é que foi quem mais a facilitou, ajudando o suíço, que segue a caminhada rumo ao quinto título no All England Club.
Como é já tradição, num torneio de tradições, a chuva voltou a aparecer e fez alguns estragos no primeiro dia de torneio.
Ainda assim, quase 14 mil espectadores encheram por completo as bancadas do court central, para assistir ao encontro do campeão em título, o primeiro de todos, como manda a tradição.
E já que falamos de tradição, Roger Federer cumpriu com a obrigação (tradição, a quanto obrigas) e vestiu-se a rigor, todo de branco. Os jogadores são obrigados a usar pelo menos 70% de roupa de cor branca.
Mais a sério, o suíço nº1 mundial, não facilitou e mostrou que estava ali era para despachar o assunto rapidamente. Venceu o azarado Teimuraz Gabashvili, por 6-2, 6-4 e 6-3.
Quem também resolveu bem o seu encontro da primeira ronda foi o norte-americano Andy Roddick, que derrotou, por 6-1, 7-5 e 7-6(7-5) o seu compatriota...
Justin Gimelstob, que bem se esforçou, de nada lhe valendo, contudo, as imitações de Boris Becker. Na foto, o famoso vólei em suspensão, que tão bem executava o alemão.
Fernando Gonzalez foi outro dos apurados para a segunda ronda. Apesar das maiores dificuldades sentidas, voltou a derrotar o americano Robby Ginepri, como fizera em Queen's, há duas semanas atrás.
No plano feminino, Justine Henin livrou-se facilmente da adversária da primeira ronda, vencendo por claros 6-3 e 6-0.
Já o mesmo não pode dizer Martina Hingis, que teve de suar muito para bater a inglesa Naomi Cavaday, salvando pelo meio dois match-points. No final, a vitória sorriu à suíça, por 6-7(1-7), 7-5 e 6-0.
Patty Schnyder apanhou também por um grande susto, frente à francesa Camille Pin, saindo vitoriosa apenas na terceira partida e por 8-6!
Por fim, o favorito da casa, Tim Henman, não pôde concluir o encontro mais esperado do dia, frente a Carlos Moya, apesar de ter disposto de quatro pontos para fazê-lo. Aqui, a sua resposta ao serviço típica de direita.
Moya, um especialista em terra batida, aguentou-se bem e levou a decisão do encontro para o segundo dia de prova.
Isto porque, ao fim de mais de 3 horas de encontro, não havia luz suficiente para prosseguir. Ambos estiveram de acordo neste aspecto, quando o resultado fixava 5-5 na "negra".
Resultados do dia:
Wimbledon - Relva
Roland Garros - Terra batida
Nesta altura da habitual mudança brusca de superfície para quase todos os principais jogadores e jogadoras do circuito mundial, são muitos os adeptos (e jogadores, claro está) que lamentam o fim das provas de terra batida e outros tantos são os que supiram pela chegada, enfim, da época de relva.
Ao assistir, na passada semana, a alguns jogos do torneio de Queen's, dei-me conta que cada vez mais se pode ver bom ténis em relva, agora que já não prevalece tanto aquele serviço-canhão típico dos que apontavam baterias sobretudo para este "mesito" de relva. Por outro lado, assistimos, recorrentemente, a boas trocas de bola, acompanhadas de graduais subidas à rede, que tornam o jogo atacante bem mais aliciante do ponto de vista do espectador (pelo menos do meu). Mas mantém-se e manter-se-á sempre a controvérsia em torno do tipo de piso que serve melhor os intentos do ténis espectáculo, do bom ténis que é, afinal, aquilo a que todos gostamos de assistir.
Assim sendo, resolvi pôr a votação (na barra lateral direita) esta questão: "Qual é, afinal, a superfície que potencia o melhor ténis?", incluindo, nas possíveis respostas, não só as superfícies de relva e terra batida, atrás referenciadas, mas também o chamado hardcourt, piso em que se disputa o Open dos EUA, bem como o denominado Rebound Ace (Open da Austrália) e ainda a superfície de carpete, típica dos torneios indoor de fim de temporada, e outras opções, que contemplam superfícies menos convencionais que existam por esse mundo fora.
Para saber mais sobre alguns dos vários pisos existentes, pode ler-se a sucinta informação disponibilizada aqui, no site da BBC.
US Open - Hardcourt
AUS Open - Rebound Ace
O checo Tomas Berdych sagrou-se hoje vencedor do torneio de Halle, na Alemanha, ao derrotar o cipriota Marcos Baghdatis em duas partidas, por 7-5 e 6-4. Numa exibição imaculada, Berdych não cedeu qualquer jogo de serviço ao longo da final e, apoiado nesse seu muito sólido golpe, soube tirar partido do menor acerto de Baghdatis em momentos cruciais, levando para casa o troféu e o apetecido cheque de 96000 euros. Terceiro título da carreira para o checo, na terceira superfície diferente, imitando o suíço Roger Federer, nº1 mundial, cujos três primeiros títulos da carreira foram também conquistados em três superfícies distintas.
São bastantes os detractores do ténis enquanto jogado numa superfície como a relva, mas também são muitos aqueles que apreciam as virtudes de um superfície que possibilita a prática de um jogo tão atacante, que resulta em muitos pontos espectaculares resolvidos na rede. Agora que entramos nesta curta temporada de relva do circuito mundial, resolvi deixar-vos aqui uns vídeos de Boris Becker, um jogador fenomenal, vencedor do torneio de Wimbledon em três ocasiões, uma delas quando tinha apenas 17 anos, em 1985.
Actualmente são menos os jogadores adeptos do serviço-vólei, mas também mais são as trocas de bola de fundo do court, antigamente muito mais raras em relva. Tem mudado o estilo de jogo nesta superfície, mas continua a haver o essencial: muito espectáculo.
Ainda ontem assistimos à mais importante partida da temporada de terra batida, já hoje somos confrontados com encontros numa nova superfície, a relva bem verde (por enquanto) dos courts ingleses e alemães. É chegada a altura em que "aparecem" aqueles jogadores com estilo de jogo puramente atacante, adeptos do serviço-vólei, possuidores de um serviço canhão, muito menos eficaz na superfícies ocre, e "desaparecem" alguns dos grandes protagonistas da primeira metade da temporada, incapazes de se adaptar a este piso extremamente rápido.
Outros, porém, dada a maior versatilidade do seu ténis, rapidamente se adaptam à brusca mudança e surgem prontos para o ataque, agora às provas da temporada de relva. É afinal possível hoje em dia conquistar os dois principais torneios do Grand Slam disputados em superfícies tão distintas como terra batida e relva num tão curto espaço de tempo? A verdade é que o último capaz de atingir tal feito foi o genial sueco Bjorn Borg, que "ousou", inclusivé, repeti-lo em três ocasiões consecutivas. Mas, embora mais ninguém o tenha conseguido entretanto, tal parece bastante possível e a prova foi dada o ano passado com a repetição, em Wimbledon, da final de Roland Garros. Só que aí os papéis inverteram-se e venceu Roger Federer, derrotando Rafael Nadal, rei em Paris. O que acontecerá este ano?