. Aconteceu esta semana (28...
. EUA conquistam "saladeira...
. Fed Cup - Rússia vs Itáli...
. ATP e WTA - Gstaad, Basta...
Sem espinhas. Assim pode caracterizar-se a vitória norte-americana na edição de 2007 da mais importante competição por equipas do ténis mundial.
Menos equilibrada e emotiva do que o esperado, a final da Taça Davis, disputada em Portland, revelou-se um autêntico passeio para os estado-unidenses. Claramente mais adaptados ao piso do Memorial Coliseum, os jogadores da equipa da casa tiraram grande partido desse factor, aliado ao apoio incondicional do seu público, para bater, por claros 4-1, uma selecção russa desfalcada pelas ausências de Marat Safin e Nikolay Davydenko (nos singulares).
Com efeito, a estratégia adoptada por Shamil Tarpischev pode ter resultado em Moscovo, na época transacta (os russos bateram os americanos por 3-1), mas fracassou completamente este ano. Dmitry Tursunov, lançado para o embate com Andy Roddick, esteve muito desastrado, permitindo a conquista fácil do primeiro e importante ponto da final para os EUA.
Para agravar ainda mais a situação, no segundo singular, Mikhail Youzhny apanhou pela frente um inspirado James Blake e, pese embora a excelente réplica, acabou também por sucumbir em quatro parciais -6-3, 7-6(4), 6-7(3) e 7-6(3)-, num jogo de emoções fortes.
Desta forma, ao cabo do primeiro dia, o seleccionador russo deve ter regressado ao hotel a mal-dizer as suas opções e a rezar pelo milagre da reviravolta.
Contudo, no segundo dia haveria de ficar mesmo tudo resolvido. O estranho par Andreev/Davydenko não foi capaz de incomodar os incontestados líderes do ranking mundial da especialidade, os irmãos Bryan, perdendo por 7-6(4), 6-4 e 6-2 e permitindo que a última jornada fosse apenas de consagração para os norte-americanos.
Trigésima segunda "saladeira" da história dos EUA, mas apenas a primeira desde 1995, curiosamente também conquistada frente à Rússia, num ano em que pontificavam na equipa grandes nomes como Andre Agassi, Pete Sampras, Jim Courier e Todd Martin.
p.s.: artigo retirado do site Livre Indirecto.
Borg e McEnroe - Assistiu-se, em Liege, a mais um confronto entre estas duas lendas vivas do ténis mundial. Tal como acontecera em Eindhoven, há cerca de 6 semanas atrás, McEnroe voltou a levar a melhor, demonstrando ter, ainda, outro ritmo competitivo. No entanto, desta feita, o encontro só foi decidido no Super Tie-Break, com McEnroe a vencer por 10-6.
Carlos Ramos - Depois da final do Open da Austrália'05 e de Wimbledon'07, o árbitro português vai voltar a estar presente na final de uma grande competição: a Taça Davis. Carlos Ramos foi destacado para arbitrar o encontro que oporá os EUA à Rússia, na companhia do espanhol Enric Molina, e, aos 36 anos, é já um dos árbitros com melhor currículo a nível mundial.
Guillermo Coria - Finalmente, o tenista argentino está de regresso aos courts, depois de uma ausência de quase 13 meses. Mesmo sem ter, ainda, obtido resultados auspiciosos -perdeu na primeira ronda em Belo Horizonte e Assunção-, Coria mostra-se optimista em relação ao seu futuro na modalidade e promete um ano de 2008 em força. Aguardemos para ver.
Tommy Haas - O tenista alemão foi o protagonista da última semana. Em causa, um possível envenenamento, aquando da meia-final da Taça Davis, que opôs a Rússia à Alemanha, em Moscovo. Depois do seu compatriota, Alexander Waske, ter revelado que alguém lhe dissera que Haas havia sido envenenado, o próprio jogador veio dizer que passou muito mal a noite de Sexta-feira (21 de Setembro) e que o que teve não foi apenas um simples distúrbio gástrico. No entanto, a Federação Alemã cedo tratou de acalmar a polémica, afirmando não haver motivos que levem a crer que Tommy Haas tenha sido envenenado, pelo que esta história deve mesmo ficar por aqui.
Ranking mundial - Nunca antes a diferença entre Roger Federer e Rafael Nadal no ranking mundial foi tão curta. Pela primeira vez desde que Nadal atingiu a segunda posição da hierarquia que Federer domina desde 2004, os dois jogadores estão separados por uma margem inferior a 1000 pontos.
Com efeito, com a derrota precoce do suíço em Paris e a chegada do espanhol à final desse mesmo evento, o nº1 mundial passou a somar "apenas" 6530 pontos, contra os 5535 de Nadal.
Assim, o tal objectivo de chegar ao primeiro posto do South African Airways ATP Ranking em 2009, assumido por Nadal, pode mesmo vir a ser concretizado ainda no decorrer da próxima época, tudo dependendo da performance dos dois jogadores. A luta continua.
Alessio Di Mauro - O tenista italiano é a primeira vítima da caça aos apostadores. Esta semana, foi suspenso por 9 meses pelo ATP e condenado a pagar uma malta de mais de 40000€ por ser um apostador activo em partidas de ténis. Ainda que não se tenha provado que o italiano apostou em partidas suas, o ATP fez-se valer dos regulamentos, que proibem que qualquer jogador faça apostas desportivas e sancionou o italiano, um dos envolvidos no escândalo despoletado pelo russo Nikolay Davydenko.
Gastão Elias - Artigo F.P.Ténis
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As selecções da Rússia e dos EUA são as finalistas da edição de 2007 da Taça Davis.
Em Moscovo, os russos aproveitaram bem o factor casa, o maior poderio das suas individualidades e a melhor adaptação ao lento piso de terra batida para levar de vencida uns alemães muito aguerridos, que tiveram em Philipp Kohlschreiber o seu melhor elemento. No final, o 3-2 favorável aos homens da casa, espelhava o equilíbrio patente durante toda a eliminatória e premiava a formação mais forte e grande favorita à partida.
Já em Gotemburgo, tudo foi mais fácil para os americanos. Actuando com as suas duas melhores peças, Andy Roddick e James Blake, nos singulares, e tendo um par fortíssimo, formado pelos irmãos Bryan, a equipa americana cedo mostrou que estava ali para ganhar, apenas permitindo um ponto a um inspiradíssimo Thomas Johansson. Os suecos, sem nenhum tenista entre os 50 melhores do mundo, esperavam poder valer-se do apoio incondicional dos fãs, bem como do rápido piso de carpete instalado no Scandinavium Arena, mas os comandados de Patrick McEnroe não se deixaram amedrontar e mostraram-se também muito bem adaptados à superfície utilizada, impondo-se por concludentes 4-1. O último singular, entre Blake e Aspelin, serviu apenas para cumprir calendário, uma vez que Roddick, o grande obreiro da vitória americana, colocou os forasteiros na final, a disputar em solo americano, com uma vitória em três sets sobre Jonas Bjorkman.
Agora, russos e americanos digladiar-se-ão, nos próximos dias 30 de Novembro e 1 e 2 de Dezembro, pela conquista da tão almejada saladeira. Os EUA buscam a sua 32ª vitória em 60(!) finais, ao passo que a Rússia procura repetir a vitória do ano passado e vencer a terceira saladeira da sua história.
Resultados finais
Rússia - Alemanha
Jogo 4 - Mikhail Youzhny vs Philipp Petzschner: 6-4, 6-4, 3-6 e 6-3
Jogo 5 - Igor Andreev vs Philipp Kohlschreiber: 6-3, 3-6, 6-0 e 6-3
Suécia - EUA
Jogo 4 - Andy Roddick vs Jonas Bjorkman: 6-2, 7-6(7-3) e 6-4
Jogo 5 - James Blake vs Simon Aspelin: 6-1 e 6-3
Agenda do dia 3
Suécia - EUA
Jogo 4 - Andy Roddick vs Thomas Johansson
Jogo 5 - James Blake vs Joachim Johansson
Rússia - Alemanha
Jogo 4 - Nikolay Davydenko vs Tommy Haas
Jogo 5 - Igor Andreev - Philipp Kohlschreiber
Sem espinhas. Assim pode caracterizar-se a categórica vitória da selecção russa, sobre a sua congénere italiana, na final da Fed Cup 2007.
Actuando perante o seu público, no Small Sports Arena "Luzhniki", em Moscovo, as russas confirmaram o favoritismo com que partiam para esta final e nem Francesca Schiavone, heroína italiana na semi-final, foi capaz de conquistar um ponto que fosse a favor das italianas. Desta forma, o resultado final cifrou-se em 4-0, isto porque ambas as equipas optaram mesmo por nem disputar a contenda de pares, a última, -ao contrário do que sucede na Taça Davis-, de cada eliminatória.
No primeiro encontro, Anna Chakvetadze, recente semi-finalista do US Open, impôs-se a Francesca Schiavone, por 6-4, 4-6 e 6-4, colocando, desde logo, um duro entrave às esperanças italianas, que assentavam, quase na totalidade, na capacidade de superação de Schiavone nestas alturas. E as coisas pioraram ainda mais quando Svetlana Kuznetsova "cilindrou" Mara Santangelo (6-1 e 6-2) na segunda partida, colocando as russas a vencer por 2-0 no final do primeiro dia.
Ainda assim, em caso de vitória de Schiavone no terceiro embate da final, tudo ficaria novamente em aberto e as italianas voltariam a poder sonhar. No entanto, a grande estrela da equipa fraquejou, frente a Kuznetsova, desperdiçando a oportunidade de relançar as italianas na tentativa de conquistar a segunda Fed Cup consecutiva e entregando de bandeja a vitória à poderosa selacção russa.
Já com tudo decidido, houve ainda lugar à realização da partida entre Elena Vesnina e Mara Santangelo, com a vitória a sorrir à tenista de leste, por concludentes 6-2 e 6-4.
Esta foi a terceira vitória da Rússia na mais famosa competição mundial feminina por equipas, repetindo as vitórias de 2004 (Moscovo) e 2005 (Paris) e reafirmando o poderio do ténis de leste no circuito feminino.
Final da Fed Cup 2007
R1 - A.Chakvetadze (RUS) vs. F.Schiavone (ITA): 6-4, 4-6 e 6-4
R2 - S.Kuznetsova (RUS) vs. M.Santangelo (ITA): 6-1e 6-2
R3 - S.Kuznetsova (RUS) vs. F.Schiavone (ITA): 4-6, 7-6(7) e 7-5
R4 - E.Vesnina (RUS) vs. M.Santangelo (ITA): 6-2 e 6-4
R5 - N.Petrova / E.Vesnina (RUS) vs. M.Santangelo / R.Vinci (ITA): não se disputou
Quanta emoção! Disputaram-se, este fim-de-semana, as meias-finais da Fed Cup, competição feminina por selecções. Num lado, Itália e França, no outro EUA e Rússia.
Começando pelo duelo europeu, as francesas procuravam vingar a derrota que as italianas lhes haviam inflingido na edição passada, a única da história dos confrontos entre estas duas selecções; por seu turno, as italianas, actuais detentoras do título, perseguiam a sua segunda final consecutiva, feito histórico para o país. E se as francesas contavam com Amélie Mauresmo, as italianas tiveram uma Francesca Schiavone em grande. A transalpina foi a principal responsável pela épica vitória final (3-2), ao vencer os dois singulares e ainda o par. Primeiro, derrotou Amelie Mauresmo e igualou a contenda a 1, depois da vitória de Tatiana Golovin sobre Tathiana Garbin e, depois, derrotou a própria Golovin para igualar a 2 e manter a esperança nas hostes italianas. Por fim, colocou a cereja no topo do bolo e, associada a Roberta Vinci, vergou o par francês Severine Bremond / Nathalie Dechy, por 4-6, 6-1 e 6-2, arrebatando o triunfo numa meia-final épica, disputada sob condições climatéricas duríssimas, uma vez que quase sempre o termómetro andou acima dos 40ºC.
Já o duelo EUA-Rússia nada ficou a dever a este em termos de emotividade. As russas levaram a melhor, por 3-2, no belíssimo resort de Vermont, mas quase caíam aos pés de Venus Williams, que revelou uma forma invejável. A mais velha das irmãs Williams venceu os dois singulares, frente a Nadia Petrova e Anna Chakvetadze, mas, em parceria com Lisa Raymond, não foi capaz de sobrepor-se ao duo russo, que, assim, conquistou o direito a lutar pelo título, pela terceira vez em quatro anos.
Deste modo, russas e italianas defrontar-se-ão, nos próximos dias 15 e 16 de Setembro, na final da competição, que terá lugar em solo russo.
Realizam-se esta semana os torneios ATP de Bastad, na Suécia, Gstaad, na Suíça, e Newport, em Inglaterra, bem como a Fed Cup, competição por selecções relativa ao circuito WTA.
Nos torneios ATP, um denominador comum: a derrota do principal jogador do quadro logo na primeira ronda. Em Bastad, foi o espanhol Tommy Robredo quem sucumbiu, face ao peruano Luis Horna; em Gstaad, Nikolay Davydenko, 4º jogador do mundo, perdeu com o francês Gäel Monfils, a quem ganhara em Wimbledon, mas também Mikhail Youzhny (2º CS) caiu, frente a Stefan Koubek; já em Newport, foi Mardy Fish quem garantiu que o primeiro cabeça-de-série continua sem conseguir vencer no torneio britânico. Abaixo, todos os resultados das primeiras rondas dos torneios acima referidos.
No plano feminino, apenas se joga a partir de amanhã, com a realização das meias-finais da Fed Cup. De um lado, Estados Unidos e Rússia batalharão por uma vaga na final, em casa das americanas, enquanto Itália e França lutarão pela outra, jogando em solo italiano. As campeãs em título partem, assim, como favoritas, devendo fazer valer o factor casa para se imporem a uma selecção francesa que não conta, por opção, com Marion Bartoli, recente finalista do torneio de Wimbledon.
Resultados: