Ainda ontem assistimos à mais importante partida da temporada de terra batida, já hoje somos confrontados com encontros numa nova superfície, a relva bem verde (por enquanto) dos courts ingleses e alemães. É chegada a altura em que "aparecem" aqueles jogadores com estilo de jogo puramente atacante, adeptos do serviço-vólei, possuidores de um serviço canhão, muito menos eficaz na superfícies ocre, e "desaparecem" alguns dos grandes protagonistas da primeira metade da temporada, incapazes de se adaptar a este piso extremamente rápido.
Outros, porém, dada a maior versatilidade do seu ténis, rapidamente se adaptam à brusca mudança e surgem prontos para o ataque, agora às provas da temporada de relva. É afinal possível hoje em dia conquistar os dois principais torneios do Grand Slam disputados em superfícies tão distintas como terra batida e relva num tão curto espaço de tempo? A verdade é que o último capaz de atingir tal feito foi o genial sueco Bjorn Borg, que "ousou", inclusivé, repeti-lo em três ocasiões consecutivas. Mas, embora mais ninguém o tenha conseguido entretanto, tal parece bastante possível e a prova foi dada o ano passado com a repetição, em Wimbledon, da final de Roland Garros. Só que aí os papéis inverteram-se e venceu Roger Federer, derrotando Rafael Nadal, rei em Paris. O que acontecerá este ano?