. Wimbledon - Pares masculi...
O par francês Michael Llodra / Arnaud Clement venceu a edição de 2007 do torneio de pares masculinos de Wimbledon. Na final, os franceses bateram os nº1 do ranking mundial, os gémeos Bob e Mike Bryan, por 6-7(5-7), 6-3, 6-4 e 6-4 e tornaram-se no primeiro par totalmnte francês a vencer o torneio britânico, desde 1933, ano em que Jean Borotra e Jaqes Brugnon arrebataram o troféu. Este foi o primeiro título do Grand Slam da carreira de Arnaud Clement, ao passo que Michael Llodra passa a contar com três, pois havia já triunfado no Open da Austrália, em 2003 e 2004, na companhia de Fabrice Santoro.
No referente ao torneio de pares masculinos, uma última nota para a dupla brasileira Marcelo Melo / André Sá, que atingiu surpreendentemente as meias-finais do evento, à custa de algumas exibições brilhantes e de partidas recheadas de emoção. Confesso que estava longe de imaginar algo deste género depois de os ter visto a actuar no último Estoril Open, torneio no qual conquistaram o primeiro título das respectivas carreiras.
Mas que belo dia de ténis este! Até por volta das 17h inglesas, hora a que a chuva voltou a fazer das suas, obrigando à interrupção definitiva de todos os jogos, estava a ser um fantástico dia de propaganda para o ténis e um verdadeiro regalo para os amantes da modalidade.
Com efeito, quando se tem duelos como um Novak Djokovic-Lleyton Hewitt, um Rafael Nadal-Mikhail Youzhny, um Nikolay Davydenko-Marcos Baghdatis ou um Ana Ivanovic-Nicole Vaidisova, todas partidas a que pudemos hoje assistir, só se pode falar do ténis como uma modalidade encantadora, com pouco ou nada de entediante. É certo que nem sempre é assim, mas é frequente e vale a pena "perder" algum tempo sentado a assistir.
Começando pelo primeiro dos duelos acima referidos, dizer que o Novak Djokovic (foto) tem vindo a afirmar-se como um dos mais promissores jogadores dos ténis mundial. O sérvio, mais que uma revelação do ano, é já uma das grandes certezas da modalidade e aparenta ter um futuro muito risonho pela frente, um futuro digno dos verdadeiros campeões. A prová-lo o facto de, mesmo numa superfície à qual confessa não estar ainda totalmente adaptado, se exibir a um nível extraordinário, tendo derrotado hoje um dos melhores jogadores do planeta na relva. Além disso, Djokovic é um daqueles jogadores que dá gosto ver jogar. Senhor de um ténis "atraente", é extremamente extrovertido e revela uma personalidade que cativa multidões. Até eu já lhe perdoei o facto de ter entrado em campo no Estoril Open vestido com as cores do Benfica (leia-se antigas cores, que agora outras surgiram) e dou por mim a torcer por ele como se de Andre Agassi se tratasse! Para a história de hoje ficam os parciais de 7-6(10-8), 7-6(7-2), 4-6 e 7-6(7-5) com que construiu a vitória sobre Hewitt, em 4h12m, mas a história do futuro deste jogador promete ser escrita a páginas de ouro.
Passando agora ao não menos emocionante jogo de Rafael Nadal (foto), frente a uma das suas "bestas negras", Mikhail Youzhny -as outras são Tomas Berdych e James Blake-, o espanhol demonstrou enorme querer e virou uma partida que parecia perdida, tal foi o à vontade com que o russo controlou os dois primeiros parciais. Vindo do nada, Nadal encetou uma espectacular reviravolta, permitindo que o Youzhny somasse apenas 5 jogos nos três últimos sets. Susto que foi, confiança que veio. E bem precisará dela para o confronto que se avizinha, com Tomas Berdych, que hoje venceu o veterano sueco Jonas Bjorkman.
Num encontro menos renhido, mas também ele bem jogado, Marcos Baghdatis (foto) fez valer a maior versatilidade do seu jogo e derrotou o surpreendente Nikolay Davydenko, precisando, contudo, de dois tie-breaks nos dois primeiros parciais. Na próxima ronda, Baghdatis vai encontrar-se com Novak Djokovic, num jogo que promete fazer as delícias do público.
Mas não foi só no plano masculino que houve bons jogos. Também no sector feminino, Ana Ivanovic (foto) e Nicole Vaidisova protagonizaram um intenso duelo, só resolvido na "negra", com 7-5 a favor da sérvia, que salvou três match-points pelo caminho. Depois da final em Roland Garros, Ivanovic está já nas meias-finais em Wimbledon e parece estar a dar o verdadeiro salto para as posições cimeiras do ranking mundial. No outro encontro feminino do dia, Venus Williams deu continuidade à sua caminhada triunfante, tendo vencido, desta vez, a russa Svetlana Kuznetsova, com bastante facilidade. Prometia sê-lo e está a cumprir: uma verdadeira candidata ao troféu final.
Nos jogos que ficaram por concluir, Roger Federer encontra-se empatado a 5 no primeiro set da sua partida frente ao espanhol Juan Carlos Ferrero e Andy Roddick e Richard Gasquet aqueceram mas não chegaram a iniciar a contenda.
Nota final para os brasileiros André Sá e Marcelo Melo (foto), já ontem aqui referenciados devido à histórica vitória que obtiveram na segunda ronda. A dupla de brasileiros formou-se já no decorrer desta temporada e, quando os vi actuar no Estoril Open, frente a Gastão Elias e Pedro Sousa, confesso não ter ficado com boas impressões. O que é certo é que acabaram mesmo por conquistar o título em Portugal e, desde então, têm vindo a somar bons resultados. E depois dessa tal vitória de ontem, hoje voltaram a triunfar, em cinco sets, contra Cristopher Kas e Alexandre Peya, com parciais de 6-4, 6-7(6-8), 7-6(7-2). 6-7(7-9) e 6-4. Os brasileiros estão já nos quartos-de-final e vão agora defrontar Mark Knowles e Daniel Nestor, recentes vencedores do torneio de Roland Garros.
Resultados do dia:
Ordem dos jogos - Dia 11