. A zero
. Gil e Neuza: os campeões ...
Terminou da pior forma, para Portugal, o playoff do Grupo I da Zona Euro-africana. Os comandados de Pedro Cordeiro escalados para os jogos de hoje, no Ahoy, em Roterdão, não foram capazes de se superiorizar aos holandeses e a eliminatória terminou com um pesado 5-0 a favor da equipa da casa.
Frederico Gil, que se apresentava em excelente momento de forma à partida, voltou a revelar as evidentes falhas do seu jogo, nomeadamente no capítulo ofensivo, e perdeu frente a Robin Haase, com parciais de 6-3 e 6-4; já Rui Machado, utilizado em detrimento de Gastão Elias, acabou também por não ser capaz de desfeitear a jovem promessa do ténis holandês, Jesse Huta-Galung, que venceu por 6-3, 3-6 e 6-2, ao cabo de pouco mais de 1h30m de jogo.
Com esta derrota, Portugal vê consumada a descida ao Grupo II da zona Euro-africana e terá, no próximo ano, de lutar muito para regressar a esta divisão que agora deixa, por forma a consolidar, definitivamente, o seu crescimento no panorama do ténis mundial.
Por terras portuguesas, disputaram-se, esta semana, os Campeonatos Nacionais Absolutos, no Clube de Ténis do Estoril. Como muitos previram antes de se iniciar o evento, Frederico Gil e Neuza Silva, actuais melhores portugueses nos rankings mundiais respectivos, sagraram-se vencedores do torneio.
No quadro masculino, o grande atractivo era saber até que ponto Rui Machado poderia oferecer resistência a Frederico Gil, ele que está de regresso à sua melhor forma depois de uma longa paragem. E foi sem surpresa que vimos Gil ter de se aplicar a fundo para "dobrar" Machado, fazendo prevalecer a sua maior capacidade física na recta final do embate, que terminou com uns equilibrados 4-6, 6-1 e 6-4 a favor do campeão nacional, isto na meia-final da parte superior do quadro.
Da metade inferior, surgiu Pedro Sousa, o jovem que está agora a fazer a sempre difícil transição para os eventos seniores. Sousa aproveitou muito bem a desistência de Leonardo Tavares, na primeira ronda, para ir impondo o seu ténis poderoso e derrotar adversários menos cotados com segurança.
No entanto, na final, frente ao mais experiente jogador português em actividade, acusou alguma falta de ritmo e acabou por perder, por uns apertados parciais de 6-4 e 7-5.
Frederico Gil conseguiu, assim, renovar o título que conquistara na edição transacta e afirma-se como o melhor português também no plano interno, numa altura conturbada da sua carreira, marcada pela ruptura com João Cunha e Silva, seu treinador de longa data.
Já na vertente feminina, a setubalense Neuza Silva fez-se valer da sua maior competitividade para derrotar, na final, uma Ana Catarina Nogueira que, apesar de jogar apenas em part-time, continua a exibir uma forma invejável. Os parciais de 6-1, 5-7 e 6-4 atestam bem as dificuldades por que passou Neuza para renovar um título que já lhe pertencia e continuar a ostentar o estatuto de invencível, no plano interno, desde Maio de 2006.
Campeonato Nacional Absoluto
p.s.: adaptado do artigo publicado no site Livre Indirecto