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Martina Hingis - A suíça ex-nº1 mundial colocou, aos 27 anos, um ponto final na sua próspera carreira. Hingis, vencedora de 5 torneios do Grand Slam, acusou positivo para cocaína, num controlo anti-doping realizado no passado torneio de Wimbledon. Na conferência de imprensa que serviu para comunicar o seu abandono, a suíça revelou ter "pouca motivação para batalhar contra as autoridades de luta contra o doping e alimentar a possibilidade de continuar a competir ao mais alto nível". Uma saída pela porta pequena...
Fernando Gonzalez - O chilheno garantiu a penúltima vaga disponível para a Masters Cup de Xangai. Apesar da fraca prestação em Paris, Gonzalez beneficiou do avanço que trazia, bem como da conjugação dos resultados dos seus mais directos adversários, para tornar-se no primeiro chileno, desde 1998, a apurar-se directamente para a prova que encerra a temporada no circuito ATP.
Romano Grillotti - O árbitro de cadeira italiano, um dos mais conceituados do circuito profissional, pôs fim a uma carreira de 23 anos. Chegado ao circuito em 1984, Grillotti arbitrou a final da Masters Cup de Hannover'99, entre Andre Agassi e Pete Sampras, naquele que foi o momento mais alto da sua carreira. Esteve também, entre outros, no célebre encontro entre Mark Philippoussis e Sjeng Schalken, em Wimbledon'00 (prolongou-se por 5h35m e terminou com um 20-18 no 5º set) e na final do Estoril Open de 2004, torneio ganho pelo argentino Juan Ignacio Chela.
Ivo Karlovic - Terminou, em Paris, a melhor temporada da ainda curta carreira do croata. Karlovic venceu três títulos do ATP Tour, em outras tantas superfícies, e terminou a época com 1318(!) ases em 65 partidas disputadas.
Apenas o seu compatriota Goran Ivanisevic conseguiu mais numa só temporada (1477), mas nem este foi capaz de atingir a média de 20.3 que Karlovic logrou por encontro. Notável!
O suíço Roger Federer, incontestado número um do ténis mundial masculino, venceu o torneio ATP de Basileia, sua terra natal, repetindo, assim, o êxito alcançado na época transacta.
Numa prova em que cedeu apenas um set -frente a Michael Berrer, na ronda inaugural-, Federer quase nunca experimentou grandes dificuldades, à excepção, talvez, do encontro com o "gigante" Ivo Karlovic (meia-final), vencido em dois tie-breaks.
Na final, frente ao "finlandês voador", Jarkko Nieminen, "FedEx" controlou sempre as operações, selando o triunfo com parciais de 6-3 e 6-4.
Foi o 52º título da carreira do tenista helvético, que garantiu, ainda e desde já, o 1º lugar final na tabela da Corrida dos Campeões de 2007.
Ainda que que com um timing bastante desadequado, não poderia deixar passar em claro o que de mais importante se passou na última semana, quer nos torneios ATP -Viena, Estocolmo e Moscovo-, quer nos WTA -Moscovo e Banguecoque.
Em terras moscovitas, mandaram dois russos. Nikolay Davydenko, no lado dos homens, e Elena Dementieva, no das senhoras, fizeram do factor casa um trunfo determinante e arrebataram os títulos nos respectivos quadros.
Na final do evento masculino, Davydenko bateu o francês Paul-Henri Mathieu, por 7-6(9-7) e 7-5, confirmando o favoritismo que lhe foi conferido à partida, ao passo que Dementieva se revelou, no torneio feminino, uma agradável surpresa, batendo Serena Williams na final, por 5-7, 6-1 e 6-1 e somando o seu primeiro título em quase cinco meses.
Já em Viena, foi um Novak Djokovic de visual renovado quem naturalmente se sagrou vencedor. Fazendo jus à sua condição de primeiro cabeça-de-série do evento, o sérvio bateu, na final, o suíço Stanislas Wawrinka, com parciais de 6-4 e 6-0. Foi o seu quinto título da temporada.
No outro palco tenístico do ATP, em Estocolmo, o "gigante" Ivo Karlovic conquistou o terceiro ceptro da sua conta pessoal. Na final, o croata derrotou o favorito da casa, Thomas Johansson, por 6-3, 3-6 e 6-1, erguendo o enorme troféu correpondente à vitória no evento sueco.
Por último, no PTT Bangkok Open, na Tailândia, a italiana Flavia Pennetta regressou aos títulos, cerca de 2 anos e meio depois. Num torneio em que derrotou a norte-americana Venus Williams, primeira cabeça-de-série, a tenista transalpina mostrou uma forma impressionante, conquistando com todo o mérito o quarto título da sua carreira.
Quadros finais Moscovo'07 - Masculino, Feminino
Quadro final Estocolmo'07
Quadro final Viena'07
Quadro final Banguecoque'07
Estoril Open - Ficámos a saber, na passada quinta-feira, que nem todas as novidades relativas ao Estoril Open são boas. Depois da bomba que foi a confirmação da vinda de Roger Federer ao nosso país, para disputar a edição de 2007 do maior evento tenístico do nosso país, eis que surge um duro rombo às aspirações de crescimento do torneio.
A ATP divulgou uma parte do plano de modernização do circuito masculino de 2009 e o Estoril Open falhou o se grande objectivo, que passava por ficar inserido na categoria dos chamados eventos "500" -que devem o seu nome precisamente aos pontos que atribuem aos vencedores-, passando a ocupar um plano muito secundário no calendário mundial.
Perde João Lagos, perde o país e perdemos nós, os amantes do ténis, que dificilmente veremos, nos próximos anos, jogadores de top-10 a actuar em solo português.
E o motivo para a "desclassificação" do evento português é bem evidente: a falta de infraestruturas. É caso para perguntar aos governantes e autarcas do nosso país: percebem agora a importância das instalações definitivas?
Karlovic à bomba - Ainda na quinta-feira, Ivo Karlovic tornou-se apenas no quarto jogador desde 1991 -ano em que a ATP passou a coleccionar estatísticas sobre a matéria- a ultrapassar a barreira dos 1000 ases numa só época. Tal aconteceu no encontro dos quartos-de-final do torneio de Tóquio, frente ao australiano Lleyton Hewitt. Karlovic "disparou" 25 ases e passou a contar com 1019 esta temporada, um registo que é apenas batido pelos quatro de Goran Ivanisevic, que, aliás, detém o máximo de ases num só época: 1477! A melhor média de serviços directos por jogo, essa, é mesmo posse de Karlovic, cifrando-se nos 20.4. Notável!
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RICOH ATP MatchFacts - 1,000 Aces Club # (Since 1991)
Ano
2007---->Ivo Karlovic (CRO) 1,029 20.4
2004---->Andy Roddick (USA) 1,019 12.5
1998---->Goran Ivanisevic (CRO) 1,065 15.0
1997---->Goran Ivanisevic (CRO) 1,048 14.8
1996---->Goran Ivanisevic (CRO) 1,477 15.4
1994---->Goran Ivanisevic (CRO) 1,169 13.8
1993---->Pete Sampras (USA) 1,011 10.8
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Borg-McEnroe - O sueco e o norte-americano reavivaram uma das mais espectaculares rivalidades do ténis da Era moderna.
Na passada sexta-feira, no torneio de Eindhoven, inserido no circuito mundial de veteranos, Borg e McEnroe voltaram a enfrentar-se, cerca de 26 anos depois do último encontro entre ambos, na final do US Open'81.Tal como nessa partida, McEnroe voltou a levar a melhor, desta feita em dois renhidos tie-breaks: 8-6 e 7-4. O jogo fez as delícias do público presente, que aplaudiu entusiasticamente ambos os intervenientes durante todo o encontro, rendendo uma justa homenagem a estas duas lendas vivas do ténis mundial.
Para gáudio dos fãs da modalidade, mais desafios como este estão previstos para os próximos tempos, agora que Borg regressou ao Black Rock Tour of Champions e McEnroe está para durar.
Leonardo Tavares - O tenista português surpreendeu pela positiva, ao vencer o Porto Open, evento da categoria future dotado com 15000$ em prémios monetários. Num torneio recheado de bons valores do ténis mundial (quatro top-400 estiveram presentes), Leonardo Tavares esteve sempre à altura dos acontecimentos, conquistando, no passado Domingo, o seu primeiro título internacional da carreira. Curiosamente, tal feito foi conseguido à custa do mesmo tenista que o tinha parado na única final que disputara até então (num 10000$ na Bolívia): Cristian Villagran.
Segue-se, agora, o Solverde Tennis Cup, mais um evento future, que se disputa em Espinho, terra natal do tenista português. Espera-se mais uma boa prestação que lhe valha nova subida num ranking mundial em que passou a figurar na 530ª posição, subindo 135 lugares.
Ainda no Porto Open, mas no sector feminino, Catarina Ferreira esteve também em destaque. A tenista portuguesa atingiu a final do evento, acabando por sucumbir frente à mais cotada tenista checa Katerina Vankova, nº 401 mundial.
A escalada de Safin - Marat Safin resolveu aproveitar uma paragem forçada, por lesão, para tentar escalar a sexta montanha mais alta do planeta: Cho-Oyu, na fronteira do Nepal com o Tibete. No entanto, ao fim de menos de duas semanas (das 4 que dura a subida ao cume da montanha), Safin resolveu abortar a aventura, optando por regressar mais cedo do que o previsto aos courts de ténis, nos quais tem feito pouco furor ultimamente. Esperemos que os ares da montanha lhe tenham revigorado a alma e que regresse ao ténis que outrora exibia.
Jogaram-se hoje os encontros relativos às meias-finais dos torneios ATP e WTA a decorrer esta semana, na Holanda e em Inglaterra.
Henin Mauresmo
Em Inglaterra, mais precisamente em Nottingham, a chuva, hoje torrencial, voltou a fazer das suas e obrigou a que os encontros fossem jogados num recinto indoor. Recorde-se que, devido ao início do torneio de Wimbledon, na próxma segunda-feira, não haveria a possibilidade de alargar o torneio para além de Domingo, o que levou os organizadores a recorrerem a esta solução. Quem se deu bem com a mudança foram Arnaud Clement e Ivo Karlovic, que se confirmaram como excelentes jogadores em relva e garantiram presença na final, à custa, respectivamente, de Jonas Bjorkman e Dmitry Tursunov; já em Eastbourne, a partida decisiva será disputada entre as duas primeiras cabeças-de-série do torneio, Justine Henin e Amélie Mauresmo, numa reedição da final de Wimbledon 2006.
Ljubicic Jankovic
Na Holanda, em Rosmalen (s-Hertogenbosch), Ivan Ljubicic apurou-se para a sua primeira final da carreira em relva, estando agora à espera do seu adversário, que sairá do encontro entre os surpreendentes Peter Wessels (vindo de uma longa paragem por lesão) e Anthony Dupuis; no lado das senhoras, Jelena Jankovic continua a demonstrar uma forma invejável e, depois da vitória na passada semana em Birmingham, apurou-se para uma nova final num torneio de relva, cabendo-lhe agora defrontar a russa Ana Chakvetadze, vencedora da eslovaca Daniela Hantuchova.
Resultados dos dia:
Na sequência do post intitulado "Ténis em relva", resolvi-me a partilhar mais alguns vídeos de bons pontos disputados em relva, no caso, no torneio de Queen's 2005. Todos eles estão no "meu" arquivo já desde há algum tempo, sendo que provieram do site da ATP, que todas as semanas elege um ponto da semana. Divirtam-se!
Andy Murray
Andy Roddick
Karol Beck
Assim, sim! Depois de dois dias marcados pela chuva, hoje o sol apareceu em força na cidade de Paris. Em contraponto com as anteriores jornadas, hoje jogaram-se 82(!) encontros (7 incompletos) em 18 courts diferentes (ao contrário dos 16 habituais), tivemos Nadal e Federer em acção, houve muito e bom ténis, emoção, supresas, confirmações...enfim, uma verdadeira jornada de ténis, pela qual já muitos suspiravam.
Começando pelo quadro masculino, natural referência aos jogos que envolveram os dois melhores jogadores mundiais e grandes favoritos à conquista da vitória final no torneio. Roger Federer concluiu o seu encontro frente ao "limpa-pára-brisas" Michael Russell, vencendo e convencendo, por 6-4, 6-2 e 6-4, frente a um aguerrido jogador norte-americano que corre muitos quilómetros (milhas, para eles) em cada partida. Com grande classe, Federer transita para a segunda ronda e vai agora defrontar o talentoso francês Thierry Ascione; quanto a Rafael Nadal, o espanhol passou por apuros no seu encontro frente ao promissor argentino Juan Martin del Potro, nomeadamente na primeira partida. O tenista das "pampas" entrou claramente mais motivado, depois de se ter confirmado que Nadal afinal não é imbatível em terra batida, e esteve mesmo muito perto de conquistar um primeiro parcial onde exibiu toda a sua categoria, disparando autênticos mísseis de fundo do court que tornaram muitas das defesas de Nadal inglórias. No entanto, quando serviu para fechar a 5-3, desperdiçou um vólei fácil a 30-30 e permitiu a Nadal reentrar em jogo. O espanhol não mais lhe permitiu qualquer veleidade e, não obstante o exagerado número de erros não forçados (33) que cometeu, venceu, ao cabo de 2h19m, por 7-5, 6-3 e 6-2.
Nos restantes encontros, destaque para as vitórias categóricas do cipriota Marcos Baghdatis (acima, à esquerda) sobre o francês Sebastien Grosjean (6-3, 6-2 e 6-4) e do croata Ivan Ljubicic (à direita) sobre o jogador da casa, Arnaud Clement (6-1, 7-5 e 7-6(7-2)).
No capítulo das surpresas, os vencedores do dia foram o "robot" checo Radek Stepanek, namorado de Martina Hingis (acima, à esq.), que derrotou de forma incrivelmente fácil o chileno Fernando Gonzalez (6-2, 6-2 e 6-4), o "gigante" croata Ivo Karlovic (acima, à dir.), vencedor de um desinspirado James Blake, e o russo Igor Andreev (ao centro), que não fez mais que confirmar o mau momento que atravessa Andy Roddick, derrotando-o por 3-6, 6-4, 6-3 e 6-4. Roddick terá agora de aguardar pela temporada de relva para reentrar no trilho das vitórias.
Não menos meritórias foram as vitórias do renascido checo Bohdan Uhlirach, que esteve ausente dos courts por dois anos, devido a um erro processual do ATP num caso de doping, e do letão Ernest Gulbis, que "humilhou" o veterano Tim Henman (na foto, acima). O jogador britânico está em clara fase descendente de uma carreira onde poderia ter atingido melhores resultados (nomeadamente na relva de Wimbledon) e parece avizinhar-se um fim próximo, talvez já no "seu" Wimbledon, no mês de Junho. Por último, notas de realce para David Nalbandian e Philipp Kohlschreiber. O primeiro, arredado das pistas, por opção, desde há mais de um mês, venceu, em quatro sets o coreano Hyung Taik-Lee e, pese embora a curta temporada de preparação para este torneio, poderá ser um perigoso outsider, dada a sua regularidade e a capacidade de se superar nos grandes eventos; o segundo, venceu o encontro mais longo do dia, por, imagine-se, 17-15(!) na quinta partida. Tal só é possível, porque em Roland Garros não há tie-break na partida decisiva, tal como acontece em Wimbledon e no Open da Austrália.
Passando agora ao quadro feminino, há que dizer que o dia foi bem menos agitado que o masculino. Primeiro, jogaram-se apenas 22 encontros (contra 60 masculinos) e, depois, as principais favoritas seguiram em frente, com excepção da russa Nadia Petrova (foto à esq.), que, claramente limitada em termos físicos por uma arreliadora lesão nas costas, sucumbiu face à agressividade posta em court pela checa Kveta Peschke, perdendo por 5-7, 7-5 e 6-0. Já a sérvia Jelena Jankovic (ao centro), uma das fortes candidatas à vitória final, levou de vencida a francesa Stéphanie Foretz (6-2 e 6-2) e a russa Elena Dementieva (à dir.) impôs-se à teenager alemã Angelique Kerber, por fáceis 6-3 e 6-2.
Para amanhã, espera-se um dia bem mais calmo, agora que está recuperado grande parte do atraso devido às duas jornadas iniciais. Destaque para a entrada em cena de Maria Sharapova e Svetlana Kuznetsova e para os regressos de Justine Henin e Serena Williams ao court, isto no plano feminino. No lado dos homens, natural destaque para o encontro de Roger Federer, o último do dia, no court Phillipe Chatrier. Ordem dos jogos para amanhã, aqui.
Resultados do dia: