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. US Open - Grandes pontos ...
Juan Monaco - Aqui há dois meses atrás, quando me pediram características do jogo de Juan Monaco, na altura em que este acabara de vencer em Kitzbühel, fiz uma breve descrição, tendo prognosticado muitas dificuldades em coneguir resultados de relevo nos pisos mais rápidos. O que é facto é que o argentino não só ultrapassou Rafael Nadal em Cincinnati, atingindo os oitavos-de-final, como ainda marcou presença nessa mesma fase neste US Open, perdendo para Novak Djokovic, mas apenas num encontro bem renhido. Surpreendeu-me.
Nadal e Ferrer - Estes dois espanhóis marcaram encontro nos oitavos-de-final do US Open, com a vitória a sorrir ao menos credenciado, num encontro muito bem jogado.
Por alturas do embate, uma história caricata veio à baila. Como é sabido, os espanhóis são grandes apreciadores de jogos de playstation e, em Junho, durante o torneio de Roland Garros, David Ferrer e Rafael Nadal fizeram parceria contra o também espanhol Carlos Moya e o argentino David Nalbandian, num jogo de ténis virtual. Resultado: os dois primeiros perderam e, como castigo, terminaram em cuecas à porta do hotel onde estavam instalados, a cantar e a dançar. Que tipos mais doidos.
Tanto break para quê? - Numa das partidas dos quartos-de-final masculinos deste US Open aconteceu algo muito pouco comum. Decorria o terceiro set do embate Nikolay Davydenko vs. Tommy Haas quando, num período muito estranho, se registaram 5 quebras de serviço consecutivas. Algo nada habitual nos encontros do circuito ATP, ainda para mais nos quartos-de-final de um evento do Grand Slam.
Já no circuito feminino, em especial nos encontros da russa Elena Dementieva, factos como este são já mais normais. Recordo-me de assistir a uma partida, no torneio de Antuérpia de 2005, entre a referida jogadora e a francesa Amélie Mauresmo, na qual houve 10(!) breaks consecutivos. Mauresmo acabou por vencer, por 6-3 e 6-4, mas nesse segundo set apenas o último dos 10 jogos não resultou em quebra de serviço.
À boleia - No decorrer de Agosto, por alturas do torneio de Montréal, Roger Federer ofereceu uma boleia, no seu jacto particular, a Rafael Nadal. Algo que vem realçar o saudável clima existente entre ambos, uma coisa que era impensável para rivais como Jimmy Connors, John McEnroe, Bjorn Borg e Pat Cash.
Gastão Elias e Michelle Brito - Frustrante. Assim pode ser caracterizada a prestação dos jovens portugueses nesta edição do Open dos EUA. Apenas uma vitória -em singulares, de Gastão Elias- para quatro derrotas é um resultado bastante desanimador, sobretudo depois das brilhantes performances nas duas etapas do Grand Slam anteriores.
A verdade é que já estávamos mal habituados e as expectativas eram muito altas, até porque Michelle Brito e Gastão Elias estão quase radicados nos EUA, permanecendo muitas semanas por ano em Bradenton, Flórida, na academia Nick Bollettieri e ambos possuem um estilo de jogo muito bom para este tipo de superfícies.
Mas é preciso não esquecer que, atendendo a que Gastão está prestes a completar 17 anos e Michelle 15, é preciso tempo para amadurecer e evoluir antes de se poderem esperar grandes resultados.
Tailandeses - Muito por culpa desse ídolo nacional que é Paradorn Srichaphan, o ténis na Tailândia sofreu um acentuado crescimento de popularidade, de tal forma que, actualmente, são já vários os tenistas oriundos daquele país asiático a participar nos torneios do circuito de juniores. No Open dos EUA competiram Peerakiat Siriluethaiwarrana e Kittipong Wachiramanowong, na vertente masculina e Noppawan Lertcheewakarn, no lado feminino. Seguramente dos nomes mais insólitos que alguma vez escrevi e escreverei. Alguém se atreve a ler?
Ténis americano - Já não é de agora. O ténis norte-americano anda pelas ruas da amargura. Depois de dar a conhecer grandes nomes como Arthur Ashe, Jimmy Connors, John McEnroe, Jim Courier, Pete Sampras, Andre Agassi, Chris Evert, Billie Jean King, Tracy Austin, Jennifer Capriati e as irmãs Williams, entre outro(a)s, são agora poucos os que são verdadeiramente capazes de defender as cores do seu país com distinção.
No circuito ATP, apenas Andy Roddick consegue alguns voos mais altos, mas nem ele conseguiu evitar o descalabro deste ano, o único, a par de 2004, em que não houve um só americano nas meias-finais do evento, desde o início da Era Open, em 1968. No entanto, 2007 foi ainda pior que 2004, dado que apenas Roddick atingiu os quartos-de-final, quando no ano dos Jogos Olímpicos de Atenas, ele e Agassi o conseguiram. Como pode ver-se, é muito negro o panorama para um país que chegou a ser a super-potência do ténis mundial. E nem Donald Young, nem John Isner parecem capazes de alterar isso num futuro próximo.
Já no lado feminino, as irmãs Williams, sobretudo Venus, ainda vão salvando a honra do convento, mas não há nenhuma outra jogadora capaz de quebrar a hegemonia das tenistas de leste, que passeiam classe pelos courts.
E para agravar ainda mais a situação, nos quadros juniores, a situação é idêntica. Quando olhamos para a grelha masculina, nem um americano nos quartos-de-final; na grelha feminina, nem uma nas semi-finais. Mau demais.
André Sá e Marcelo Melo - Não me canso de referir que, quando vi estes brasileiros actuar no Estoril Open, achei que não havia futuro possível para esta dupla. Não obstante, André Sá e Marcelo Melo venceram o torneio e, quatro meses volvidos, somaram ainda uma presença nas meias-finais de Wimbledon e outra nos quartos-de-final deste Open dos EUA, sendo já a 15ª melhor dupla mundial. Uma parceria de sucesso.
Resultados do dia 10 - Singulares Masculinos; Singulares Femininos
p.s.: comentários incluídos nas fotos
#1 - Roger Federer vs Andre Agassi - Final 2005
#3 - Jaime Yzaga vs Pete Sampras - 2ª ronda 1994
#4 - Roger Federer vs Andre Agassi - Final 2005
#5 - Mary Pierce vs Justine Henin - QF 2005