. Ainda o Open da Austrália...
Como nem só das competições seniores de singulares vive um torneio do Grand Slam, não poderia deixar de dar o devido destaque aos vencedores e vencidos nas restantes vertentes.
Começando pela competição de pares masculinos, registou-se a primeira vitória de um par israelita na história do ténis mundial. Andy Ram e Jonathan Erlich sagraram-se vencedores deste primeiro Grand Slam da temporada, ao vencerem o par Arnaud Clément / Michael Llodra, por 7-5 e 7-6(4). Foi o décimo primeiro título da dupla israelita.
Na competição de pares femininos, Israel voltou a ter representante: Shahar Peer. No entanto, desta feita, a israelita não foi capaz de conquistar o título na companhia da bielorrussa Victoria Azarenka - que é treinada pelo português Antónia Van Grichen-, cedendo frente às "manas" Bondarenko, Alona e Katerina, por 2-6, 6-1 e 6-4. As ucranianas conquistaram em Melbourne o primeiro título, em pares femininos, das suas carreiras.
Já na competição de pares mistos, o título foi para o sérvio Nenad Zimonjic e para a chinesa Tiantian Sun, que derrotaram os indianos Mahesh Bupathi e Sania Mirza, por 7-6(4) e 6-4. A dupla quinta cabeça-de-série demonstrou na final o poderio exibido nos encontros anteriores, em que venceu as primeira e terceira mais cotadas duplas em prova.
Por fim, nos juniores, Bernard Tomic e Arantxa Rus venceram as competições masculina e feminina, respectivamente.
Tomic bateu Tsung-Hua Yang na final, por 4-6, 7-6(5) e 6-0 e, aos 15 anos e 3 meses de idade, tornou-se no mais jovem de sempre a vencer uma competição júnior do Grand Slam, destronando o norte-americano Donald Young.
Por seu lado, Arantxa Rus, de 17 anos, derrotou Jessica Moore e impediu o pleno australiano (quer Tomic quer Moore são australianos). Em apenas dois parciais, 6-3 e 6-4, a holandesa demonstrou ser uma das melhores juniores mundiais e apresta-se agora para participar em força numa campanha de challengers do circuito mundial feminino.
Com a vitória alcançada, esta semana, no torneio de Linz, a eslovaca Daniela Hantuchova ganhou o direito a estar presente no Masters feminino, que encerra a temporada do WTA Tour.
Era sabido que Hantuchova não tinha qualquer margem de erro, isto depois de ter abdicado da participação no torneio desta semana, no Canadá, pelo que apenas a vitória no evento austríaco lhe interessava.
A eslovaca não acusou a pressão, exibiu-se em grande nível e foi somando vitórias sobre oponentes de peso -Gisela Dulko, Alona Bondarenko, Nicole Vaidisova e Patty Schnyder-, até garantir o triunfo final e consequente apuramento para o Masters de Madrid, com início marcado para o dia 5 do próximo mês.
Curiosamente, a segunda participação de Hantuchova num Masters -em 2002 perdeu na ronda inaugural, frente a Magdalena Maleeva, quando eram 16 as participantes e o sistema utilizado era o de eliminatórias- foi garantida com o 8º posto do ranking, em igualdade pontual com a russa Maria Sharapova, que teve uma época muito aquém das expectativas. Em virtude da desistência de Venus Williams, lesionada, também Sharapova (9ª classificada) garantiu presença em Madrid, mas não fora a "prenda" da mais velha das irmãs Williams e a russa seria apenas a suplente...por ter jogado menos provas que Hantuchova.
Assim sendo, esse papel foi entregue à francesa Marion Bartoli, que também esteve em bom plano em Linz, sucumbindo frente à finalista Patty Schnyder, nas meias-finais, num encontro em que actuou claramente debilitada fisicamente.