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Semana de sonho, aquela que viveu Steve Darcis. O belga nunca antes havia ganho uma partida de nível ATP, tendo perdido, neste mesmo torneio de Amersfoort, em 2006, a única realizada. Contudo, este ano a história foi bem diferente e, após passar pelo qualifying, somou consecutivas vitórias sobre Marc Gicquel, Gilles Simon, Igor Andreev, Mikhail Youzhny e Werner Eschauer. Esta última, por 6-1 e 7-6(7-1), valeu-lhe o título em Amersfoort'07 e tornou-o no sexto jogador com ranking mais baixo (297º) a vencer uma prova do ATP -o primeiro é Lleyton Hewitt, 550º aquando da sua vitória em Adelaide'98.
Com este resultado, o belga subirá 151 lugares, passando a figurar na 146ª posição do ranking ATP a publicar amanhã.
Estão a chegar ao fim os torneios ATP desta semana, disputados em Estugarda, Amesterdão e Los Angeles.
Na Alemanha, o grande favorito à partida, Rafael Nadal, foi confirmando as expectativas e derrotando adversário após adversário até chegar à final de hoje, na qual defrontará o suíço Stanislas Wawrinka. Nadal venceu 92 das últimas 93 partidas jogadas em terra batida e não será fácil a Wawrinka causar uma surpresa, mas convém relembrar os atributos deste jogador neste tipo de pisos, ele que foi campeão júnior em Roland Garros, no ano de 2003.
Na Holanda, teremos uma das finais mais surpreendentes de sempre num torneio ATP. Frente-a-frente estarão o austríaco Werner Eschauer e o belga Steve Darcis. Eschauer procura, aos 33 anos, conquistar o seu primeiro título ATP, sendo que nunca antes esteve perto sequer de o conseguir, e Darcis, que ainda há um mês perdeu com Frederico Gil num challenger italiano, tenta recomeçar uma carreira que prometeu muito mas que nunca rendeu nada, nem mesmo uma vitória numa partida de nível ATP. Pois bem, ambos têm aqui uma oportunidade única para atingir a glória nas respectivas carreira e tudo farão, certamente, para o conseguir.
Por fim, em Los Angeles, James Blake e Radek Stepanek defrontar-se-ão na grande final, após terem derrotado, respectivamente, Hyung-Taik Lee e Nicolas Kiefer (por desistência deste). Blake procura regressar aos grandes momentos neste Verão americano, depois de uma larga fase muito apagada da época e Stepanek busca o segundo título da sua carreira, ele que dará o nó com a suíça Martina Hingis em breve.
Assim, excluindo o jogo de Nadal, temos jogos de desfecho imprevisível para este Domingo, dia das finais dos torneios ATP.
Disputam-se, esta semana, os torneios ATP de Estugarda e Amersfoort, em terra batida, bem como o torneio de Los Angeles, que marca a entrada na época de hardcourt, e os torneios WTA de Palermo, terra batida, e Cincinnati, hardcourt.
Nota de realce para a reentrada em cena de Rafael Nadal, em Estugarda e para os aparecimentos de Nikolay Davydenko e Tommy Robredo, em Amersfoort e Fernando Gonzalez, em Los Angeles, isto nos torneios ATP, uma vez que do lado feminino, as principais jogadoras do top-10 continuam ausentes das diversas provas do circuito.
Quadro Masculino - Los Angeles
Tempo de regressarmos a esta rúbrica, dedicada a jogadores que andam desaparecidos da ribalta do tenis mundial. Talvez agora que estamos já bem dentro da temporada de relva não seja a altura mais adequada para falar de Martin Verkerk, um tenista que, apesar da sua altura e do seu magnífico serviço, nunca foi capaz de impor-se numa superfície tão rápida. No entanto, havendo tenistas bem mais ilustres para destacar nas imediações do torneio parisiense de Roland Garros, deixei este holandês para o dia que antecede Wimbledon, uma vez que o seu perfil encaixaria no dos bons jogadores de relva. Bem enganador...
Martin Verkerk tardou em aparecer no circuito mundial, fruto da sua carreira universitária, que sempre pôs à frente da carreira desportiva. Os primeiros anos como tenista profissional (é-o desde 1997), foram pautados pelos inúmeros torneios challenger que disputou, sem, contudo, obter resultados de relevo, salvo três ou quatro vitórias. Todavia, foi graças a esses torneios que começou a garantir entrada em torneios de maior gabarito, já em meados da época de 2002. Depois de alguns resultados aceitáveis, foi progredindo no ranking, até atingir o posto 84 com que iniciou o melhor ano da sua carreira: 2003. Nesse ano, vindo do nada, sagrou-se, ainda em Janeiro, vencedor do torneio de Milão, conseguindo uma incrível marca de 109 ases ao longo da semana. Mas o melhor estaria ainda para vir.
Em Abril, em Roland Garros, Verkerk esteve à beira de eliminação no encontro da segunda ronda, frente ao peruano Luís Horna, que eliminara Roger Federer na ronda anterior. O holandês esteve a perder por 5-2 no quarto set (em desvantagem por 2-1 em sets), mas conseguiu salvar três match-points e vencer numa quinta partida desse duelo incrível, para depois iniciar uma caminhada verdadeiramente espantosa -eliminou Carlos Moya e Guillermo Coria-, apenas travada por Juan Carlos Ferrero na final. Nunca antes Verkerk vencera um encontro em torneios do Grand Slam, facto que torna ainda mais memorável esse torneio parisiense de 2003.
No entanto, até ao final do ano não voltaria a sobressair da mesma maneira e, em 2004, teve uma época apenas razoável até ao torneio de Amersfoort, no seu país natal. Aí, conseguiu vencer e parecia estar a querer encaminhar a carreira, quando uma lesão arreliadora no ombro direito o atirou para fora dos courts até ao início desta temporada. A verdade é que, depois do regresso, Verkerk não logrou qualquer vitória (0-9 esta época), apesar de se encontrar no lugar 666 quando no início do presente ano era o nº1533 do ranking ATP.
Uma pena, porque fazem falta ao circuito jogadores tão empolgantes como Verkerk, cujas emoções sempre estão à flor da pele, no bom sentido da expressão.
Uma última nota, a título de curiosidade, vai para o facto do holandês ter passado pelo nosso país, para disputar o Estoril Open, em 2003. Na altura, perdeu na primeira ronda frente ao israelita Harel Levy, fazendo com que poucos se lembrem dessa sua vinda, de tão fugaz que foi.
Para os menos lembrados deste jogador do país das tulipas, poderão ver uma compilação dos bons momentos da sua carreira no vídeo abaixo, ou consultar a sua página na wikipédia.