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Já aqui tinha registado com alguma "preocupação" o elevado número de horas que o sérvio Novak Djokovic passara em court, sobretudo nos últimos dois dias, antevendo dificuldades físicas no seu embate de hoje frente a Rafael Nadal, relativo às meias-finais do torneio de Wimbledon. E o que é facto é que Djokovic, apesar de ter entrado bem e vencido o primeiro parcial por 6-3, cedo começou a fraquejar. Aproveitou Nadal para arrebatar o segundo set com um concludente 6-1, vendo, depois, o sérvio desistir no decorrer da terceira partida, quando já vencia por 4-1. Mais uma vez, Djokovic falha o acesso a uma final do Grand Slam e mais uma vez graças a Rafael Nadal, mas terá certamente muitas outras oportunidades pela frente.
O adversário de Nadal na final de amanhã será o inevitável Roger Federer, que hoje se desembaraçou, em três partidas, do francês Richard Gasquet. Temos, assim, um grande jogo em perspectiva, na final mais desejada por todos.
No 11º dia da prova londrina de Wimbledon, os franceses estiveram em grande evidência, conquistando importantes vitórias em toda a linha. Com efeito, Marion Bartoli apurou-se para a sua primeira final de um Grand Slam, Richard Gasquet logrou um espantosa reviravolta frente a Andy Roddick e garantiu lugar nas semi-finais masculinas e Arnaud Clement, Michel Llodra (em parceria) e Fabrice Santoro (com Nenad Zimonjic) garantiram acesso também às meias-finais do quadro de pares masculinos. Um dia em cheio para os franceses.
Nos restantes encontros do quadro de singulares masculinos, Rafael Nadal livrou-se com facilidade inesperada de um jogador contra quem sempre sentiu dificuldades: Tomas Berdych. O espanhol revelou-se muito sólido e confiante e acabou com as esperanças do checo em chegar, pela primeira vez, a uma fase ainda mais adiantada da prova; já Novak Djokovic, voltou a disputar uma autêntica maratona frente a Marcos Baghdatis, desta vez de cinco horas, distribuídas por igual número de sets.
Num jogo verdadeiramente espectacular, Baghdatis viu-se a perder por dois sets a zero, mas conseguiu recuperar e igualar a contenda, apenas para ceder por 7-5 numa quinta partida emocionante. Segue em frente o sérvio, mas a grande incógnita será a sua real forma física, depois de mais de nove horas em court nos dois últimos dias. E se para Rafael Nadal, seu adversário nas meias-finais, isso seria normal, para Djokovic talvez seja um fardo muito pesado. Hoje se verá; por fim, o nº1 mundial Roger Federer, voltou a vencer (Juan Carlos Ferrero) e será o adversário de Richard Gasquet. Pouco há a dizer sobre a vitória do suíço, a não ser que cedeu um set, coisa que já não acontecia desde a final do ano passado frente a Rafael Nadal.
Para hoje, muita emoção prevista, com a final feminina a seguir à primeira meia-final masculina (Federer-Gasquet) no court central e a outra meia-final masculina, Nadal-Djokovic, no court 1, tudo a partir das 12h.
Mas que belo dia de ténis este! Até por volta das 17h inglesas, hora a que a chuva voltou a fazer das suas, obrigando à interrupção definitiva de todos os jogos, estava a ser um fantástico dia de propaganda para o ténis e um verdadeiro regalo para os amantes da modalidade.
Com efeito, quando se tem duelos como um Novak Djokovic-Lleyton Hewitt, um Rafael Nadal-Mikhail Youzhny, um Nikolay Davydenko-Marcos Baghdatis ou um Ana Ivanovic-Nicole Vaidisova, todas partidas a que pudemos hoje assistir, só se pode falar do ténis como uma modalidade encantadora, com pouco ou nada de entediante. É certo que nem sempre é assim, mas é frequente e vale a pena "perder" algum tempo sentado a assistir.
Começando pelo primeiro dos duelos acima referidos, dizer que o Novak Djokovic (foto) tem vindo a afirmar-se como um dos mais promissores jogadores dos ténis mundial. O sérvio, mais que uma revelação do ano, é já uma das grandes certezas da modalidade e aparenta ter um futuro muito risonho pela frente, um futuro digno dos verdadeiros campeões. A prová-lo o facto de, mesmo numa superfície à qual confessa não estar ainda totalmente adaptado, se exibir a um nível extraordinário, tendo derrotado hoje um dos melhores jogadores do planeta na relva. Além disso, Djokovic é um daqueles jogadores que dá gosto ver jogar. Senhor de um ténis "atraente", é extremamente extrovertido e revela uma personalidade que cativa multidões. Até eu já lhe perdoei o facto de ter entrado em campo no Estoril Open vestido com as cores do Benfica (leia-se antigas cores, que agora outras surgiram) e dou por mim a torcer por ele como se de Andre Agassi se tratasse! Para a história de hoje ficam os parciais de 7-6(10-8), 7-6(7-2), 4-6 e 7-6(7-5) com que construiu a vitória sobre Hewitt, em 4h12m, mas a história do futuro deste jogador promete ser escrita a páginas de ouro.
Passando agora ao não menos emocionante jogo de Rafael Nadal (foto), frente a uma das suas "bestas negras", Mikhail Youzhny -as outras são Tomas Berdych e James Blake-, o espanhol demonstrou enorme querer e virou uma partida que parecia perdida, tal foi o à vontade com que o russo controlou os dois primeiros parciais. Vindo do nada, Nadal encetou uma espectacular reviravolta, permitindo que o Youzhny somasse apenas 5 jogos nos três últimos sets. Susto que foi, confiança que veio. E bem precisará dela para o confronto que se avizinha, com Tomas Berdych, que hoje venceu o veterano sueco Jonas Bjorkman.
Num encontro menos renhido, mas também ele bem jogado, Marcos Baghdatis (foto) fez valer a maior versatilidade do seu jogo e derrotou o surpreendente Nikolay Davydenko, precisando, contudo, de dois tie-breaks nos dois primeiros parciais. Na próxima ronda, Baghdatis vai encontrar-se com Novak Djokovic, num jogo que promete fazer as delícias do público.
Mas não foi só no plano masculino que houve bons jogos. Também no sector feminino, Ana Ivanovic (foto) e Nicole Vaidisova protagonizaram um intenso duelo, só resolvido na "negra", com 7-5 a favor da sérvia, que salvou três match-points pelo caminho. Depois da final em Roland Garros, Ivanovic está já nas meias-finais em Wimbledon e parece estar a dar o verdadeiro salto para as posições cimeiras do ranking mundial. No outro encontro feminino do dia, Venus Williams deu continuidade à sua caminhada triunfante, tendo vencido, desta vez, a russa Svetlana Kuznetsova, com bastante facilidade. Prometia sê-lo e está a cumprir: uma verdadeira candidata ao troféu final.
Nos jogos que ficaram por concluir, Roger Federer encontra-se empatado a 5 no primeiro set da sua partida frente ao espanhol Juan Carlos Ferrero e Andy Roddick e Richard Gasquet aqueceram mas não chegaram a iniciar a contenda.
Nota final para os brasileiros André Sá e Marcelo Melo (foto), já ontem aqui referenciados devido à histórica vitória que obtiveram na segunda ronda. A dupla de brasileiros formou-se já no decorrer desta temporada e, quando os vi actuar no Estoril Open, frente a Gastão Elias e Pedro Sousa, confesso não ter ficado com boas impressões. O que é certo é que acabaram mesmo por conquistar o título em Portugal e, desde então, têm vindo a somar bons resultados. E depois dessa tal vitória de ontem, hoje voltaram a triunfar, em cinco sets, contra Cristopher Kas e Alexandre Peya, com parciais de 6-4, 6-7(6-8), 7-6(7-2). 6-7(7-9) e 6-4. Os brasileiros estão já nos quartos-de-final e vão agora defrontar Mark Knowles e Daniel Nestor, recentes vencedores do torneio de Roland Garros.
Resultados do dia:
Ordem dos jogos - Dia 11
Eis os resultados (abaixo) relativos à primeira ronda dos torneios acima mencionados.
Face às ausências de Rafael Nadal e Roger Federer da semana tenística, natural destaque para o croata Ivan Ljubicic, que promete dar cartas em s'Hertogenbosch, bem como para o francês Richard Gasquet, que tenta o "tri" num torneio de Nottingham onde nunca antes perdeu. No lado das senhoras, registe-se o regresso à actividade das recentes finalistas de Roland Garros, Justine Henin e Ana Ivanovic, que, em Eastbourne e s-Hertogenbosch, respectivamente, tentarão arrecadar o título e dar mostras de potencial para vencer o terceiro Grand Slam da temporada (Wimbledon), que arranca na próxima segunda-feira.
Após da agitação vivida ontem, hoje o dia foi bem mais calmo em Paris.
Começando, como de costume, pelo quadro masculino, realce para a vitória segura de Roger Federer sobre o tenista da casa, Thierry Ascione. O suiço, nº1 mundial, impôs-se, ao cabo de 1h58min de jogo, por 6-1, 6-2, 7-6(10-8). Os dois primeiros sets foram de sentido único, tendo Federer passeado classe pelo court Suzanne Lenglen, exibindo todo o seu vasto leque de soluções, frente a um adversário muito inconstante. O terceiro parecia levar o mesmo rumo, mas eis que quando o suíço serviu para fechar a contenda, Ascione soube aguentar-se e levar a partida para um tie-break, fruto da subida da sua qualidade de jogo. Assistia-se a uma fase bem jogada, com pontos ganhantes de parte a parte e o público correspondia com fortes aplausos, sobretudo a todos os pontos espectaculares (e não só) do tenista francês, ansiando uma reviravolta. Mas tal não viria a acontecer. Federer resolveu o encontro ao 6º match-point, assegurando presença na 3ª ronda, onde defrontará o italiano Potito Starace. Espera-se mais uma vitória fácil do suíço, atendendo à confiança com que tem jogado e ao nível exibicional que tem apresentado.
No demais encontros, houve "surpresa" apenas nos encontros dos franceses. Se se esperava uma vitória de Gasquet e se duvidava da capacidade de Gael Monfils (foto acima) em superar a barreira da 2ª ronda, as previsões saíram furadas. O primeiro não conseguiu superar o belga Kristof Vliegen, caindo em apenas três partidas; já o segundo, galvanizado pelo público que acorreu às bancadas do Philippe Chatrier, vergou o sempre difícil argentino Juan Ignacio Chela, por 3-6, 6-3, 6-3 e 6-1. Com a derrota de Gasquet, as esperanças dos franceses estão agora centradas em Monfils, o espectacular e muito popular jogador que já o ano passado atingiu os oitavos-de-final aqui em Roland Garros.
Nota final para o sempre espectacular Marat Safin. O russo, no decorrer da segunda partida do seu encontro frente ao sérvio Janko Tipsarevic, mergulhou na terra para executar um soberbo vólei (ver foto), que lhe valeu uma grande ovação, inclusivé do seu adversário. No entanto, o russo sairia derrotado do encontro, por 6-4, 6-4, 7-5.
No quadro feminino, Maria Sharapova passou por apuros, mas saiu-se muito bem deles, frente a uma aguerrida Emilie Loit e Justine Henin enfrentou também grande resistência por parte da austríaca Tamira Paszek, uma jogadora de 16 anos apenas, mas que revela um enorme potencial. Já Svetlana Kuznetsova e Jelena Jankovic tiveram tarefa fácil frente a Ekaterina Bychkova e Catalina Castaño, respectivamente.
Amanhã, regressam ao court, para cumprir os encontros da segunda ronda, Rafael Nadal e Novak Djokovic, no lado masculino e, no feminino, Serena Williams e, novamente, Maria Sharapova e Svetlana Kuznetsova. Ordem dos jogos para amanhã.
Resultados do dia: