Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2008
Imperial. Sabia-se que a tarefa não seria difícil, mas nem por isso o suíço Roger Federer, incontestado número um mundial, facilitou. Despachou o argentino Diego Hartfield, cedendo apenas 3 jogos: 6-0, 6-3 e 6-0. Os adversários que se cuidem...
O desespero de Andy Murray no encontro que ditou a sua eliminação precoce do torneio australiano. O escocês era um forte candidato ao triunfo final, mas não foi capaz de ultrapassar Jo-Wilfried Tsonga, logo na eliminatória inaugural.
Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2008
Começou há já alguns minutos o
Open da Austrália, primeira prova do
Grand Slam da temporada de 2008. Este ano com a imagem renovada, graças à mudança de piso e respectiva cor (para
Plexicushion azul), e com os quadros mais fortes dos últimos anos, a prova promete ser mais emotiva e espectacular ainda. É grande a expectativa em torno da forma que apresentarão os tenistas de topo que agoram retomam a actividade e do aparecimento de alguma cara nova, potencial revelação da temporada corrente. Na prova masculina,
Roger Federer é o crónico grande candidato a um título que defende, mas a concorrência é muito forte e a sua metade de quadro -inclui
Djokovic,
Nalbandian,
Baghdatis,
Berdych,
Safin e
Hewitt, entre outros- bem mais complicada que a do espanhol
Rafael Nadal -inclui
Murray,
Davydenko e
Roddick-, também ele favorito ao triunfo neste evento australiano. Uma questão interessante reside no facto de, pela primeira vez,
Nadal poder terminar uma prova como número um mundial, dado que o suíço, líder da hierarquia masculina, defende 1000 pontos neste evento e o maiorquino apenas 250, sendo que a diferença pontual entre ambos no
ranking se cifra nos 1400 pontos. Improvável, mas possível. Já na prova feminina, apesar de ser
Serena Williams a detentora do título, todas as atenções estarão centradas na belga
Justine Henin, ausente na edição transacta. A belga é líder incontestada do
ranking feminino e, sem dúvida, a que melhores atributos apresenta para atingir a vitória final. No entanto, terá de estar muito atenta, não só a
Serena como também à sua irmã
Venus e, entre outras, às russas
Maria Sharapova e
Svetlana Kuznetsova, à regressada
Lindsay Davenport (perdeu apenas um dos 17 encontros que disputou depois de ser mãe) ou às sérvias
Ana Ivanovic e
Jelena Jankovic. Muito e bom ténis em perspectiva para as próximas duas semanas deste evento de categoria máxima, que oferece mais de 12 milhões de euros em prémios monetários, repartidos equitativamente pelos torneios masculino e feminino.
p.s.: artigo publicada no
site Livre Indirecto
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Domingo, 13 de Janeiro de 2008
No panorama nacional, esta semana fica marcada pela entrada em acção de Frederica Piedade -no 25000$ de Tampa Bay-, Neuza Silva -no
qualifying do Australian Open- e Gastão Elias, no
future de Wesley Chapel, Florida.
O natural destaque vai para Neuza Silva, que testava qualidades na sua primeira aparição num evento do
Grand Slam. O sorteio foi aziago para a setubalense, que teve de defrontar Iveta Benesova, 116ª jogadora mundial, na ronda inaugural. E, não obstante a excelente réplica oferecida, Neuza acabou por sucumbir, por 7-6(5) e 6-2, ao cabo de 1h30m de jogo.
Do outro lado do planeta, Frederica Piedade assinou uma fraca performance em singulares, perdendo com Ksenia Pervak na primeira ronda, mas acabou por brilhar na variante de pares, ao conquistar o título com a ajuda da argentina Soledad Esperon.
Por último, foi Gastão Elias quem menos se evidenciou na semana que agora acaba. O tenista da Lourinhã caiu logo de entrada no
future americano, às mão do canadiano Milan Pokrajac, que tinha derrotado já no único embate entre ambos, até à data.
Esta semana, é a vez de MIchelle Brito entrar em acção, participando no
challenger de Surprise (Arizona), tal como, aliás, Frederica Piedade. Ambas as tenistas terão de jogar o
qualifying, tendo em Samantha Powers e Julia Baltas as respectivas adversárias na ronda inaugural.
Já Gastão Elias acabou por não conseguir um
wild card para o
challenger ATP de Miami, pelo que continua na Florida para a segunda etapa do circuito de
futures americano.
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Pelo terceiro ano consecutivo, Andy Roddick sagrou-se vencedor do AAMI Classic, um dos mais prestigiados eventos de exibição do calendário tenístico mundial.
Na final do evento, o norte-americano levou de vencida o cipriota Marcos Baghdatis, que jogou em substituição de Roger Federer (finalista no ano transacto), por 7-5 e 6-3.
Sydney - Medibank International'08
Justine Henin - Svetlana Kuznetsova: 4-6, 6-2 e 6-4
Hobart - Moorilla International'08Eleni Daniilidou - Vera Zvonareva: FC
Auckland - Heineken Open 2008
Philipp Kohlschreiber - Juan Carlos Ferrero: 7-6(4) e 7-5
Sydney - Medibank International'08
Dmitry Tursunov - Chris Guccione: 7-6(3) e 7-6(4)
Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2008
Estão já disponíveis no site Bolamarela os quadros masculino e feminino do Open da Austrália, primeiro torneio do Grand Slam da presente temporada.
Quadro masculino
Quadro feminino
Jogos em destaque
Masculinos
Roger Federer (1) - Diego Hartfield
Rafael Nadal (2) - qualifier
Novak Djokovic (3) - Benjamin Becker
Nikolay Davydenko (4) - Michael Llodra
Jo-Wilfried Tsonga - Andy Murray (9)
Ernests Gulbis - Marat Safin
Thomas Johansson - Marcos Baghdatis (15)
Nicolas Kiefer - Juan Carlos Ferrero (22)
Femininos
Justine Henin (1) - Aiko Nakamura
Svetlana Kuznetsova (2) - Nathalie Dechy
Jelena Jankovic (3) - Tamira Paszek
Ana Ivanovic (4) - Sorana Cirstea
Nicole Vaidisova - Ioana Raluca Olaru
Lindsay Davenport - Sara Errani
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Terça-feira, 8 de Janeiro de 2008
Segunda-feira, 7 de Janeiro de 2008
Chennai Open'08: Mikhail Youzhny v. Rafael Nadal: 6-0 e 6-1
Adelaide International'08: Michael Llodra v. Jarkko Nieminen: 6-3 e 6-4
Domingo, 6 de Janeiro de 2008
E já tivemos a oportunidade de assistir a um duelo épico! Fantástica a partida que opôs os espanhóis e conterrâneos Carlos Moya e Rafael Nadal e que terminou com a vitória do segundo, por 6-7(3), 7-6(8) e 7-6(1), nas meias-finais do torneio de Chennai. Um daqueles encontros que tanto apreciamos: muito bem jogado de parte a parte, com muito público a assistir
e com emoção a rodos.
Factos relevantes da partida- A duração deste encontro (3:54h) iguala a anterior marca máxima para uma partida à melhor de três sets. Também Andrei Cherkasov e Andrea Gaudenzi jogaram durante igual período de tempo, em Tel Aviv'93, numa partida vencida por Cherkasov, por 6-7(6), 7-6(2) e 7-5.
Curiosamente, nenhum destes encontros se disputou em terra-batida, a superfície onde geralmente as "batalhas" se prolongam por mais tempo.
- Nadal converteu apenas 2 dos 17 break-points de que dispôs, ao passo que Moya lhe conseguiu quebrar o serviço nos dois jogos em que teve oportunidades para tal (com aproveitamento de 50%);
- Nadal salvou quatro match-points, todos no tie-break da segunda partida e, mais tarde, ainda se viu a braços com uma desvantagem de 3-5 na "negra";
- Moya viu quebrada a sua impressionante série de 17 tie-breaks vencidos consecutivamente numa partida decisiva. A proeza começou a ser "construída" no encontro que o opôs ao argentino Agustin Calleri, em Viena'02 (vitória por 6-3, 2-6 e 7-6(7)) e terminou com a vitória (3-6, 7-5 e 7-6(6)) sobre Tomas Berdych, em Hamburgo'07. Uma marca que perdurará, certamente, por bastante tempo mais.
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O tenista escocês Andy Murray venceu, hoje, o torneio de Doha, o mais importante dos três eventos ATP a decorrer esta semana, e tornou-se no primeiro líder da Corrida dos Campeões de 2008.
Numa final para a qual partia com algum favoritismo, o escocês voltou a dar boa conta de si e venceu o suíço Stanislas Wawrinka, por 6-4, 4-6 e 6-2.
Ainda assim, na minha opinião, nem tudo são rosas e daqui envio uma palavra reprovadora para a atitude que Murray por vezes adopta.
É certo que o escocês não rara vez consegue pontos inacreditáveis e reviravoltas (dentro de um dado ponto) espantosas, mas fica no ar a ideia que, em determinadas alturas, Murray facilita em demasia e adopta uma atitude displicente em
court. Viu-se isso hoje, já se tinha visto também com Rainer Schuettler e tal não é, obviamente, positivo.
Não discordo que é complicado manter sempre a mesma intensidade tenística ao longo de todo um encontro, mas baixá-la a ponto de entregar de bandeja alguns jogos também não me parece a decisão mais acertada e acarreta, seguramente, maior desgaste físico e psicológico do que o que seria necessário.
Repense o escocês esta atitude e, com a capacidade técnica e táctica que tem, poderá ser um caso ainda mais sério no panorama do ténis mundial.
Este foi o quinto título da carreira de Murray e,
acredito, o primeiro de muitos que conquistará este ano.
Quadro final Doha'08