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Neuza Silva Frederico Gil
A semana que sucede o torneio de Roland Garros foi uma semana de mudanças significativas nos rankings mundiais dos circuitos ATP e WTA. Centrando-nos apenas nos portugueses, destaque para a queda de Frederico Gil, que ocupa esta semana o 177º lugar do ranking ATP, fruto de uma descida de 26 posições devida à incapacidade de defender os pontos conquistados no challenger de Suassollo no mesmo período do ano passado. Todos os demais portugueses cotados no ranking se mantiveram em posições similares às da semana transacta, sendo que Gonçalo Nicau continua a ser o segundo melhor , na 625ª posição, seguido de Gastão Elias (791º) e Leonardo Tavares (908º).
Por entre as senhoras, Frederica Piedade deixou, após cinco anos e um dia, o lugar de nº1 portuguesa no ranking WTA, estatuto que passa a ostentar a setubalense Neuza Silva. Esta ascendeu ao 283º lugar, enquanto Frederica Piedade se situa agora na 309º posição.
Nos juniores, Michelle Brito, após excelente campanha em Roland Garros, ascendeu à 35ª posição do ranking feminino júnior, ao passo que Gastão Elias, apesar da prestação desapontante, se encontra na 22ª posição do ranking masculino.
O português Frederico Gil aproveitou esta quinzena em que se disputou o torneio de Roland Garros, que esteve à beira de jogar, para centrar atenções em dois torneios da categoria challenger, ambos disputados na Alemanha. No primeiro, em Karlsruhe, perdeu na primeira ronda de singulares, mas, ao lado do alemão Michael Berrer, chegou à final de pares, perdendo para a dupla Alex Kuznetsov / Mischa Zverev, no super tie-break.
Na semana seguinte, em Fuhr, fez melhor, tendo atingido a segunda ronda em singulares, na qual perdeu com o experiente italiano Fabio Fognini, seu companheiro na variante de pares. Em parceria, os dois, após uma boa campanha, foram parados na final pelo mexicano Bruno Echagaray e pelo brasileiro André Ghem, saindo o português novamente derrotado no super tie-break, por 13-11.
Contudo, apesar destas boas prestações na variante de pares, o português não poderá estar satisfeito, pois, em singulares, não foi capaz de defender os pontos conquistados no mesmo período do ano passado, graças à vitória num challenger de 25.000 dólares.
Esta que ontem acabou foi uma semana particularmente agitada para o ténis português, com vários tenistas lusos em evidência em courts estrangeiros.
Começando por Frederico Gil (foto acima), de longe aquele com maior projecção junto dos portugueses, o nosso melhor representante no circuito ATP caiu na primeira ronda do challenger de Zagreb, na croácia, às mãos do romeno Victor Hanescu, ex-nº35 mundial, que parece estar a regressar à forma que o levou a ser um dos tenistas de top, depois de um ano de 2007 marcado por constantes lesões. 6-1 e 6-4 foram os parciais de uma vitória clara do romeno. Gil segue agora para França, onde, a partir de hoje, disputará o qualifying do torneio de Roland Garros.
No capítulo masculino também, mas agora no escalão de sub-16, Miguel Almeida (14 anos) venceu categoricamente o Future Slam, um torneio disputado em Espanha e que reuniu os 4 melhores espanhóis do escalão e outros 4 oriundos de outros países. Miguel Almeida foi convidado a participar por Francisco Clavet, antigo finalista do Estoril Open e organizador do evento, e não enjeitou a possibilidade, arrecadando o troféu à custa de quatro promissores tenistas espanhóis, entre os quais o pequeno Carlos Boluda, apontado como sucessor de Rafael Nadal, que já não perdia há mais de 2 anos e contava com 80 vitórias consecutivas. Esta proeza valeu ao pequeno português a alcunha de "exterminador de espanhóis". Excelentes indicações dadas por este promissor tenista nacional, que ainda levou para casa um cheque de 3000 euros.
Menos bem estiveram Gastão Elias e João Sousa que caíram na primeira ronda num future espanhol e não deram seguimento aos bons desempenhos de semana passada -quarto-finalistas noutro future espanhol.
Saltando para o plano feminino, destaque para Michelle Brito, que atingiu a sua terceira final no circuito júnior, em outras tantas superfícies. Contrariamente ao sucedido em Filadélfia (relva) e na Carolina do Sul (hardcourt), desta vez Michelle não pode impor-se na terra batida de Santa Croce, Itália e quedou-se pela final. Registe-se o facto de Michelle ter imitado Martina Hingis, a prodigiosa tenista suíça, derrotada também na final deste torneio em 1993, cerca de 4 meses depois da portuguesa ter nascido.
Finalmente, destaque para Patrícia Martins, campeã nacional de sub-14, que atingiu os quartos-de-final de um torneio da categoria, em Malecnik, na Eslovénia e deu mostras da sua enorme regularidade num escalão onde ainda pode evoluir muito, pois tem um ano mais para o fazer.
Para esta semana, o prato forte do ténis nacional são os encontros (espera-se que sejam três) de Frederico Gil, em acção nos courts parisienses de Roland Garros, num qualifying que lhe poderá valer uma entrada histórica no quadro principal de um evento do Grand Slam que não conta com nenhum português desde 1991, ano em que Nuno Marques e João Cunha e Silva marcaram curta presença, quedando-se pela ronda inaugural.