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Que Rafael Nadal não é o maior adepto dos pisos rápidos indoor (greenset) já todos sabíamos; de que Nalbandian é exímio neste tipo de superfície, apesar da má temporada que tem vindo a realizar, também não duvidávamos; que a partida pudesse ser muito disputada e de vencedor incerto -pese embora o favoritismo de Nadal- já suspeitávamos; o que nunca imaginámos, certamente, foi esta copiosa derrota que o tenista das pampas inflingiu ao maiorquino, no Masters Series de Madrid. 6-1 e 6-2 foram os parciais de um encontro de sentido único, em que Nalbandian jogou o seu melhor ténis e Nadal esteve irreconhecível. Foi a mais dura derrota do espanhol em eventos ATP, apenas igualada pela que sofreu em Lyon, em 2004, frente a Julien Benneteau (6-3 e 6-0).
Encontram-se já em andamento os dois eventos tenísticos que se realizam nesta semana de 16 a 22 de Outubro. Em Madrid, joga-se o penúltimo Masters Series da temporada do ATP Tour, enquanto em Zurique decorre o importante Tier I (equivalente aos Masters Series masculinos) do circuito WTA.
Na capital espanhola, a prova vai já na sua recta final, estando marcados para amanhã os encontros relativos às meias-finais. Roger Federer defrontará o surpreendente Nicolas Kiefer, enquanto Novak Djokovic medirá forças com David Nalbandian, num duelo que promete ser emocionante.
Analogamente, em Zurique, disputaram-se também hoje os encontros dos quartos-de-final do evento suíço, sendo que Justine Henin, Nicole Vaidisova, Tatiana Golovin e Francesca Schiavone lograram apurar-se para as semi-finais, a disputar amanhã.
Muito ténis e muita emoção em perspectiva. A não perder, sobretudo o evento feminino, com direito a transmissão, a cargo da Eurosport. Amanhã, transmissão na Eurosport 2, a partir das 14:30h; Domingo, transmissão directa da final, às 12:30h portuguesas, no principal canal da Eurosport.
Ainda que que com um timing bastante desadequado, não poderia deixar passar em claro o que de mais importante se passou na última semana, quer nos torneios ATP -Viena, Estocolmo e Moscovo-, quer nos WTA -Moscovo e Banguecoque.
Em terras moscovitas, mandaram dois russos. Nikolay Davydenko, no lado dos homens, e Elena Dementieva, no das senhoras, fizeram do factor casa um trunfo determinante e arrebataram os títulos nos respectivos quadros.
Na final do evento masculino, Davydenko bateu o francês Paul-Henri Mathieu, por 7-6(9-7) e 7-5, confirmando o favoritismo que lhe foi conferido à partida, ao passo que Dementieva se revelou, no torneio feminino, uma agradável surpresa, batendo Serena Williams na final, por 5-7, 6-1 e 6-1 e somando o seu primeiro título em quase cinco meses.
Já em Viena, foi um Novak Djokovic de visual renovado quem naturalmente se sagrou vencedor. Fazendo jus à sua condição de primeiro cabeça-de-série do evento, o sérvio bateu, na final, o suíço Stanislas Wawrinka, com parciais de 6-4 e 6-0. Foi o seu quinto título da temporada.
No outro palco tenístico do ATP, em Estocolmo, o "gigante" Ivo Karlovic conquistou o terceiro ceptro da sua conta pessoal. Na final, o croata derrotou o favorito da casa, Thomas Johansson, por 6-3, 3-6 e 6-1, erguendo o enorme troféu correpondente à vitória no evento sueco.
Por último, no PTT Bangkok Open, na Tailândia, a italiana Flavia Pennetta regressou aos títulos, cerca de 2 anos e meio depois. Num torneio em que derrotou a norte-americana Venus Williams, primeira cabeça-de-série, a tenista transalpina mostrou uma forma impressionante, conquistando com todo o mérito o quarto título da sua carreira.
Quadros finais Moscovo'07 - Masculino, Feminino
Quadro final Estocolmo'07
Quadro final Viena'07
Quadro final Banguecoque'07
Estoril Open - Ficámos a saber, na passada quinta-feira, que nem todas as novidades relativas ao Estoril Open são boas. Depois da bomba que foi a confirmação da vinda de Roger Federer ao nosso país, para disputar a edição de 2007 do maior evento tenístico do nosso país, eis que surge um duro rombo às aspirações de crescimento do torneio.
A ATP divulgou uma parte do plano de modernização do circuito masculino de 2009 e o Estoril Open falhou o se grande objectivo, que passava por ficar inserido na categoria dos chamados eventos "500" -que devem o seu nome precisamente aos pontos que atribuem aos vencedores-, passando a ocupar um plano muito secundário no calendário mundial.
Perde João Lagos, perde o país e perdemos nós, os amantes do ténis, que dificilmente veremos, nos próximos anos, jogadores de top-10 a actuar em solo português.
E o motivo para a "desclassificação" do evento português é bem evidente: a falta de infraestruturas. É caso para perguntar aos governantes e autarcas do nosso país: percebem agora a importância das instalações definitivas?
Karlovic à bomba - Ainda na quinta-feira, Ivo Karlovic tornou-se apenas no quarto jogador desde 1991 -ano em que a ATP passou a coleccionar estatísticas sobre a matéria- a ultrapassar a barreira dos 1000 ases numa só época. Tal aconteceu no encontro dos quartos-de-final do torneio de Tóquio, frente ao australiano Lleyton Hewitt. Karlovic "disparou" 25 ases e passou a contar com 1019 esta temporada, um registo que é apenas batido pelos quatro de Goran Ivanisevic, que, aliás, detém o máximo de ases num só época: 1477! A melhor média de serviços directos por jogo, essa, é mesmo posse de Karlovic, cifrando-se nos 20.4. Notável!
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RICOH ATP MatchFacts - 1,000 Aces Club # (Since 1991)
Ano
2007---->Ivo Karlovic (CRO) 1,029 20.4
2004---->Andy Roddick (USA) 1,019 12.5
1998---->Goran Ivanisevic (CRO) 1,065 15.0
1997---->Goran Ivanisevic (CRO) 1,048 14.8
1996---->Goran Ivanisevic (CRO) 1,477 15.4
1994---->Goran Ivanisevic (CRO) 1,169 13.8
1993---->Pete Sampras (USA) 1,011 10.8
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Borg-McEnroe - O sueco e o norte-americano reavivaram uma das mais espectaculares rivalidades do ténis da Era moderna.
Na passada sexta-feira, no torneio de Eindhoven, inserido no circuito mundial de veteranos, Borg e McEnroe voltaram a enfrentar-se, cerca de 26 anos depois do último encontro entre ambos, na final do US Open'81.Tal como nessa partida, McEnroe voltou a levar a melhor, desta feita em dois renhidos tie-breaks: 8-6 e 7-4. O jogo fez as delícias do público presente, que aplaudiu entusiasticamente ambos os intervenientes durante todo o encontro, rendendo uma justa homenagem a estas duas lendas vivas do ténis mundial.
Para gáudio dos fãs da modalidade, mais desafios como este estão previstos para os próximos tempos, agora que Borg regressou ao Black Rock Tour of Champions e McEnroe está para durar.
Leonardo Tavares - O tenista português surpreendeu pela positiva, ao vencer o Porto Open, evento da categoria future dotado com 15000$ em prémios monetários. Num torneio recheado de bons valores do ténis mundial (quatro top-400 estiveram presentes), Leonardo Tavares esteve sempre à altura dos acontecimentos, conquistando, no passado Domingo, o seu primeiro título internacional da carreira. Curiosamente, tal feito foi conseguido à custa do mesmo tenista que o tinha parado na única final que disputara até então (num 10000$ na Bolívia): Cristian Villagran.
Segue-se, agora, o Solverde Tennis Cup, mais um evento future, que se disputa em Espinho, terra natal do tenista português. Espera-se mais uma boa prestação que lhe valha nova subida num ranking mundial em que passou a figurar na 530ª posição, subindo 135 lugares.
Ainda no Porto Open, mas no sector feminino, Catarina Ferreira esteve também em destaque. A tenista portuguesa atingiu a final do evento, acabando por sucumbir frente à mais cotada tenista checa Katerina Vankova, nº 401 mundial.
A escalada de Safin - Marat Safin resolveu aproveitar uma paragem forçada, por lesão, para tentar escalar a sexta montanha mais alta do planeta: Cho-Oyu, na fronteira do Nepal com o Tibete. No entanto, ao fim de menos de duas semanas (das 4 que dura a subida ao cume da montanha), Safin resolveu abortar a aventura, optando por regressar mais cedo do que o previsto aos courts de ténis, nos quais tem feito pouco furor ultimamente. Esperemos que os ares da montanha lhe tenham revigorado a alma e que regresse ao ténis que outrora exibia.
ATP - Viena (640000€), Estocolmo (680000€) e Moscovo (705000€)
WTA - Moscovo (950000€) e Banguecoque (140000€)
Quadros
Dois torneios ATP, dois títulos para os espanhóis. Depois da vitória de David Ferrer em Tóquio, Tommy Robredo completou uma semana de sonho para o ténis do país vizinho, vencendo o torneio de Metz, em França. E o facto assume maior relevância ainda se atendermos a que nenhum dos dois eventos se disputou sobre terra batida, claramente a superfície favorita de nuestros hermanos.
No Open de Moselle, Robredo enfrentou grandes dificuldades logo na ronda inaugural, necessitando de puxar dos galões para salvar dois match-points e derrotar o alemão Florian Mayer. Contudo, o espanhol actuou bem mais solto nas rondas seguintes, rubricando exibições convincentes que o catapultaram para a final do evento, frente ao renascido escocês Andy Murray.
No jogo de todas as decisões, Robredo entrou muito mal, perdendo o primeiro parcial da contenda, por um rotundo 6-0 e somando apenas oito pontos nos 22 minutos que durou o set. Ainda assim, o combativo jogador espanhol soube virar a situação a seu favor e, graças a dois breaks logo no jogo inaugural dos segundo e terceiro parciais, controlou a partida a seu bel-prazer, triunfando por 0-6, 6-2 e 6-3.
Este foi o segundo título do ano para Robredo (sexto da carreira), que ascenderá à oitava posição da Corrida dos Campeões, colocando-se em excelente posição para integrar o lote dos oito tenistas que disputarão a Masters Cup, em Shanghai, no próximo mês de Novembro.
O espanhol David Ferrer venceu o torneio de Tóquio, prova pontuável para o calendário do ATP Tour. O tenista valenciano fez jus à sua condição de primeiro cabeça-de-série e arrebatou o título sem ceder qualquer set ao longo da semana. Mas o mais impressionante acabou mesmo por ser a forma tão fácil como se desenvencilhou de Richard Gasquet, o seu oponente na final de Domingo.
Vindo de um triunfo em Mumbai, na passada semana, Gasquet surgia extremamente motivado no torneio japonês e afigurava-se talvez como o mais sério candidato à vitória final. No entanto, Ferrer fez questão de demonstrar que não é por acaso que tem já quase lugar garantido na Masters Cup -o torneio que reúne os oito melhores tenistas do planeta, a disputar em Shanghai- e "cilindrou" autenticamente o francês, vencendo por 6-1 e 6-2 em apenas 52 minutos.
Com este triunfo, Ferrer passou a contar com 5 títulos no seu palmarés (em 10 finais) e cimentou as suas posições nas tabela da Corrida dos Campeões (6º) -que serve para determinar os 8 apurados para a Masters Cup- e do ranking ATP (8º).
A jovem francesa Pauline Parmentier estreou-se a vencer em torneios do WTA Tour.
No evento usbeque de Tashkent, a tenista gaulesa provou que ainda tem muito para dar ao ténis do seu país, exibindo-se muitos furos acima das restantes adversárias e vencendo sem ceder qualque set.
Numa prova de grande valia, Parmentier eliminou a segunda cabeça-de-série, Dominika Cibulkova na primeira ronda, para mais tarde (meias-finais) fazer cair a terceira tenista mais cotada do quadro, Olga Govortsova, antes de se livrar da bielorrussa Victoria Azarenka (1ª CS), tenista orientada pelo português António Van Grichen, na final do evento.
Os parciais de 7-5 e 6-2 não deixam quaisquer dúvidas quanto ao excelente momento de confiança que atravessa Parmentier, que lhe permitiu, inclusivé, num gesto de grande desportivismo, solicitar a repetição de um ponto que lhe havia sido atribuído pela juíza de cadeira, numa altura crucial do primeiro set. A gaulesa acabaria mesmo por ceder esse ponto e o jogo, ficando a perder por 5-3, mas viria a dar a volta ao texto por completo, triunfando de forma inquestionável.
Este primeiro título de Parmentier permitir-lhe-á ascender à 61ª posição da hierarquia feminina, passando a ser a 7ª melhor do seu país na referida lista, ela que apenas este ano decidiu investir a sério na carreira tenística. Prometedor...
A belga Justine Henin regressou esta semana ao circuito WTA, disputando o seu primeiro evento desde a conquista do US Open.
E como não podia deixar de ser, fez questão de confirmar o seu imenso valor, vencendo o Porsche Tennis Grand Prix de Estugarda, um torneio que, apesar de se inserir na categoria Tier II, contou com a presença de praticamente todas as grandes estrelas do circuito feminino.
Na final do evento alemão, frente à surpreendente francesa Tatiana Golovin, a belga até viu quebrada a série de 15 vitórias consecutivas em dois sets que trazia, mas acabou por se impor por 2-6, 6-2 e 6-1, numa partida bastante bem jogada, ainda que raramente pelas duas finalistas em simultâneo.
Este foi o oitavo título do ano (37º da carreira) para Henin, que garantiu já o direito a terminar a presente temporada na primeira posição do ranking mundial feminino. Mais que merecido.
A francesa Virginie Razzano parece ter tomado o gosto às vitórias. Depois da recente conquista do torneio de Guangzhou, Razzano venceu, este Sábado, o torneio de Tóquio, passando a contar com dois títulos em torneios WTA no seu currículo.
Na final do evento japonês, a francesa bateu a super-favorita Venus Williams, em três apertados parciais -4-6, 7-6(9-7) e 6-4-, num embate de grande intensidade e qualidade tenística.
Com mais este triunfo, Razzano ascenderá à 27ª posição da hierarquia feminina, a sua melhor classificação de sempre.
Sensacional! Tal como fizera já no passado em várias ocasiões, Ana Ivanovic voltou a mostrar garra de campeã na final do torneio do Luxemburgo, operando uma sensacional reviravolta que a levou até ao merecido triunfo final.
Frente à eslovaca Daniela Hantuchova, Ivanovic viu-se a perder por 6-3 e 3-0, ainda antes de atingidos os primeiros 45 minutos de jogo. Até então, Hantuchova valera-se do seu serviço-canhão e da sua poderosa direita para impor o ritmo e a jogadora sérvia mostrara-se incapaz de contrariar a intensidade de jogo da eslovaca.
No entanto, tudo viria a mudar. Num ápice, Ivanovic recuperou os breaks de desvantagem e passou a liderar as trocas de bola do fundo do court, colocando Hantuchova numa desconfortável posição defensiva. Como resultado desta mudança de atitude, a bela sérvia conseguiu virar o encontro a seu favor, triunfando, ao cabo de 1h31m de jogo, por 3-6, 6-4 e 6-4.
Foi o terceiro título do ano para Ivanovic, que vê, assim, cimentada a terceira posição da hierarquia feminina e se lança no assalto a lugares ainda mais cimeiros.